Agência France-Presse
postado em 21/10/2012 09:17
Damasco - O mediador internacional Lakhdar Brahimi fez um apelo neste domingo para que as duas partes em conflito na Síria proclamem um cessar-fogo durante a festa muçulmana do Aid al Adha, que é celebrada no dia 26 de outubro.
Este pedido de Brahimi, que se reuniu com o presidente sírio Bashar al Assad em Damasco, acontece quando as violências já deixaram mais de 34 mil pessoas mortas, segundo ONGs presentes no local.
"Peço a todos, a cada sírio, nas ruas, nas aldeias, aos combatentes no exército regular sírio e aos opositores, que tomem uma decisão unilateral de cessar as hostilidades por ocasião do Aid al Adha e que essa trégua seja respeitada a partir de hoje ou amanhã", afirmou à imprensa após a reunião.
[SAIBAMAIS]Brahimi, emissário da ONU e da Liga Árabe, afirmou que esta se trata de uma iniciativa pessoal e não de um detalhado plano de paz. Depois assinalou que entrou em contato com os dirigentes da oposição civil dentro e fora da Síria e com grupos armados dentro do país. "Encontramos uma recepção muito favorável ao nosso chamado", afirmou.
"Voltaremos à Síria depois do Aid e, se realmente for instaurada a calma durante a festa, continuaremos trabalhando para conseguir uma trégua duradoura", acrescentou.
Mas a trégua parece um conceito distantes. Neste domingo, dez pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas na explosão ocorrida diante de uma delegacia de polícia de um bairro cristão no setor antigo de Damasco, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
De acordo com a fonte, outras 15 pessoas ficaram feridas na explosão do carro-bomba. Este é o primeiro atentado ocorrido neste bairro, um dos mais antigos da capital.
Por temer os islamitas, a hierarquia cristã e boa parte desta comunidade tomou partido do regime de Bashar al Assad. Nos subúrbios rebeldes de Damasco e em Aleppo os violentos confrontos prosseguiam entre o exército e os rebeldes. O regime bombardeou a cidade de Harasta, 10 km a nordeste da capital, as plantações da cidade vizinha de Duma, a localidade de Zamalka e os povoados de Ghuta oriental.
Em Aleppo, um carro-bomba explodiu no bairro de Al Sirian, provocando feridos, enquanto que vários outros bairros, entre os quais Bab al-Nasr e Qastal, foram bombardeados.
Estas violências também acontecem um dia depois de um novo dia sangrento que deixou 130 mortos em toda a Síria. No vizinho Líbano, milhares de pessoas participam neste domingo, em Beirute, em uma manifestação em massa contra Damasco por ocasião dos funerais de um alto chefe da polícia, assassinado na sexta-feira.
A oposição libanesa acusou o regime de Bashar Al Assad por assassinato. O poder em Damasco denunciou um "ato covarde e terrorista", mas não reagiu publicamente às acusações da oposição libanesa.
Este pedido de Brahimi, que se reuniu com o presidente sírio Bashar al Assad em Damasco, acontece quando as violências já deixaram mais de 34 mil pessoas mortas, segundo ONGs presentes no local.
"Peço a todos, a cada sírio, nas ruas, nas aldeias, aos combatentes no exército regular sírio e aos opositores, que tomem uma decisão unilateral de cessar as hostilidades por ocasião do Aid al Adha e que essa trégua seja respeitada a partir de hoje ou amanhã", afirmou à imprensa após a reunião.
[SAIBAMAIS]Brahimi, emissário da ONU e da Liga Árabe, afirmou que esta se trata de uma iniciativa pessoal e não de um detalhado plano de paz. Depois assinalou que entrou em contato com os dirigentes da oposição civil dentro e fora da Síria e com grupos armados dentro do país. "Encontramos uma recepção muito favorável ao nosso chamado", afirmou.
"Voltaremos à Síria depois do Aid e, se realmente for instaurada a calma durante a festa, continuaremos trabalhando para conseguir uma trégua duradoura", acrescentou.
Mas a trégua parece um conceito distantes. Neste domingo, dez pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas na explosão ocorrida diante de uma delegacia de polícia de um bairro cristão no setor antigo de Damasco, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
De acordo com a fonte, outras 15 pessoas ficaram feridas na explosão do carro-bomba. Este é o primeiro atentado ocorrido neste bairro, um dos mais antigos da capital.
Por temer os islamitas, a hierarquia cristã e boa parte desta comunidade tomou partido do regime de Bashar al Assad. Nos subúrbios rebeldes de Damasco e em Aleppo os violentos confrontos prosseguiam entre o exército e os rebeldes. O regime bombardeou a cidade de Harasta, 10 km a nordeste da capital, as plantações da cidade vizinha de Duma, a localidade de Zamalka e os povoados de Ghuta oriental.
Em Aleppo, um carro-bomba explodiu no bairro de Al Sirian, provocando feridos, enquanto que vários outros bairros, entre os quais Bab al-Nasr e Qastal, foram bombardeados.
Estas violências também acontecem um dia depois de um novo dia sangrento que deixou 130 mortos em toda a Síria. No vizinho Líbano, milhares de pessoas participam neste domingo, em Beirute, em uma manifestação em massa contra Damasco por ocasião dos funerais de um alto chefe da polícia, assassinado na sexta-feira.
A oposição libanesa acusou o regime de Bashar Al Assad por assassinato. O poder em Damasco denunciou um "ato covarde e terrorista", mas não reagiu publicamente às acusações da oposição libanesa.