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Quatro supostos membros da Al-Qaeda são mortos por drone no Iêmen

Agência France-Presse
postado em 21/10/2012 16:57
Sanaa - Quatro supostos membros da Al-Qaeda, entre eles um líder local da rede extremista, morreram neste domingo no Iêmen em um ataque aéreo por um avião não tripulado, supostamente americano, contra o veículo em que estavam na província de Marib, a leste de Sanaa, segundo fontes da polícia e tribais. "Um drone disparou um míssil contra um carro que circulava com quatro membros da Al-Qaeda, destruindo o veículo e matando seus ocupantes", disse à AFP uma fonte tribal, que pediu anonimato.

O ataque aconteceu no início da noite na região de Hawi/Al-Damachqa, 17 km a leste da cidade de Marib, acrescentou a mesma fonte. Uma fonte dos serviços de segurança confirmou os resultados do ataque, acrescentando que o chefe local da rede extremista, Sanad al-Ouraidan Aqili, estava entre as quatro vítimas. "Os três acompanhantes de Aqili, cujos corpos foram mutilados, não foram identificados ainda", acrescentou a fonte.

Este é o segundo ataque com drone no Iêmen em quatro dias. Quinta-feira, sete supostos membros da Al-Qaeda, incluindo um comandante local, foram mortos em um ataque realizado por um avião não tripulado contra a rede extremista perto de Jaar, na província de Abyan (sul).

De acordo com um membro dos Comitês de Resistência Popular, o líder da Al-Qaeda na cidade de Jaar, Nader Chaddadi, estava entre os mortos. No dia 4 de outubro, outros cinco supostos membros da Al-Qaeda morreram em um ataque de drone que tinha como alvo dois carros na província de Shabwa, no sul do Iêmen.

Os Estados Unidos, únicos que possuem drones na região, têm realizado nos últimos meses ataques contra a Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP) no sul e no leste do Iêmen. No final de setembro, o presidente iemenita Abd Rabbo Mansour Hadi reconheceu a importância do apoio militar dos Estados Unidos com "o uso de drones, que podem atingir um alvo sem margem de erro".

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A Al-Qaeda aproveitou o enfraquecimento do poder central durante o levante popular que levou à queda do presidente Ali Abdullah Saleh para fortalecer sua influência no leste e sul do país.

Expulsa em junho de um de seus redutos, a província de Abyan, a rede se espalhou pelas áreas montanhosas do sul e do leste do país, multiplicando os ataques contra as autoridades locais, principalmente oficiais dos serviços de segurança.

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