Agência France-Presse
postado em 21/10/2012 20:06
Chicago - O atirador que abriu fogo em um spa no estado de Wisconsin, matando três pessoas e ferindo quatro, foi encontrado morto, disse a polícia neste domingo. Um porta-voz da polícia em Brookfield, Duane Bondar, disse apenas que o suspeito morreu, sem oferecer mais detalhes. Segundo a mídia local, citando fontes que viram o homem, Radcliffe Haughton, provavelmente se suicidou com um tiro.Entenda o caso - Um homem armado entrou no spa Azana no estado de Wisconsin (centro-norte) onde sua ex-mulher trabalhava e disparou, matando três pessoas e ferindo quatro, antes de cometer suicídio na tarde deste domingo, segundo a polícia. O suspeito de 45 anos, identificado como Radcliffe Haughton, foi encontrado morto no local do tiroteio, em Brookfield, subúrbio de Milwaukee, segundo a polícia, que confirmou que o atirador cometeu suicídio. O chefe da polícia, Daniel Tushaus, ofereceu poucos detalhes sobre seus possíveis motivos, mas a mídia local informou que ele estava no meio de um divórcio conturbado com a esposa, que trabalhava no spa Azana.
"Acreditamos que é um incidente relacionado com violência doméstica", afirmou Tushaus. A ex-mulher de Haugton tinha obtido uma ordem judicial para que ele se mantivesse afastado dela, não a contatasse e entregasse suas armas, segundo a rede TMJ4 News. O pai de Haughton disse ao canal: "Este não é o jeito que eu criei meu filho. Meu filho estava enfrentando um problema doméstico. As coisas acontecem e algumas pessoas não conseguem aceitá-las".
Segundo Tushaus, o suspeito deixou para trás o que parece ser um aparato explosivo improvisado, o que impediu a polícia de revistar todo o prédio de dois andares, informou Tushaus. Uma das mulheres, baleada no pescoço, pode estar grávida de seis meses, segundo a rede TMJ4 News. Imagens de televisão mostraram dezenas de veículos de emergência se deslocando no estacionamento do shopping em frente ao local do tiroteio. Equipes da força tática da polícia também estavam presentes.
Uma testemunha, Christopher Pfeiffer, declarou que estava a caminho a uma livraria no centro comercial quando viu uma mulher jovem descalça correndo no estacionamento. "Estava gritando, chorando histericamente. Estava pedindo ajuda", disse Pfeiffer, de 47 anos, ao jornal Milwaukee Journal Sentinel. "Não parava de dizer ;dispararam na minha mãe; e mencionava que havia um homem armado. Correu para a livraria e eu a segui à distância", disse.
O morador local David Gosh contou ao Milwaukee Journal Sentinel que também viu uma mulher sair do spa correndo em direção a estrada gritando, perseguida por um homem negro armado. Gosh disse que a polícia chegou logo depois e o homem com o revólver retornou ao prédio procurando uma rota de fuga. O pai de Gosh, John, relatou ter visto duas mulheres feridas serem levadas para o spa. Uma aparentemente baleada na perna e outra nas costas, disse o jornal.
A Casa Branca disse que o presidente Barack Obama se pronunciou sobre o incidente: "os pensamentos e as preces do presidente e da primeira dama estão com as vítimas deste horrível tiroteio e seus familiares". O governador de Wisconsin, Scott Walker, expressou em comunicado "enquanto aguardamos mais detalhes do tiroteio de hoje em Brookfield, Tonette e eu enviamos nossos sentimentos e orações às vítimas," disse.
"Atos de violência sem sentido nos deixam com o coração apertado e muitas questões. Nosso estado estará ao lado das vítimas e suas famílias e oferecerá o amparo legal e o apoio da comunidade que elas precisam para se curarem nos próximos dias", acrescentou. Em 2005, a menos de uma milha do local, sete pessoas foram assassinadas e quatro ficaram feridas em um tiroteio no hotel Sheraton. O atirador abriu fogo em um culto da Igreja do Deus vivo no hotel e cometeu suicídio em seguida.