postado em 22/10/2012 08:44
O funeral do chefe dos serviços de inteligência do Líbano, Wissam Al-Hassan, morto em um atentado atribuído a partidários do governo da Síria, foi marcado pela violência. Milhares de pessoas se reuniram ontem no centro de Beirute para participar de uma grande manifestação contra Damasco e o governo libanês. A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo para impedir que alguns manifestantes entrassem na sede do gabinete do primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, para exigir a sua renúncia. ;Jovens se encaminharam para o prédio, localizado no centro da cidade, mas as forças de ordem impediram que eles entrassem, disparando para o ar e lançando bombas de gás lacrimogêneo;, indicou um policial no local à agências de notícias internacionais.
Na Praça dos Mártires, no centro de Beirute, foram exibidos retratos gigantescos do general Al-Hassan com as palavras: ;O mártir da justiça e da verdade;. ;Uma só revolução em dois Estados;, proclamava uma bandeira, em referência à Síria e ao Líbano. A milícia xiita libanesa Hezbollah, da qual Mikati faz parte, é uma tradicional aliada dos governos do Irã e da Síria ; país que enfrenta uma violenta guerra civil entre forças governamentais e opositores do ditador Bashar Al-Assad, há 12 anos no poder.