Mundo

Conselho de Segurança pede que se respeite o cessar-fogo na Síria

Agência France-Presse
postado em 25/10/2012 06:14
Nova York - O Conselho de Segurança da ONU deu seu apoio nessa quarta-feira (24/10) a um pedido de seu enviado especial, Lakhdar Brahimi, a um cessar-fogo entre as forças do regime sírio, e os rebeldes, e pediu que este acordo seja respeitado.

Em uma declaração aprovada por seus 15 membros, o Conselho pede que os vizinhos da Síria usem de sua influência sobre as partes envolvidas para pôr fim a 19 meses de violência.

O Conselho também pede ao governo de Damasco que deixe entrar imediatamente e sem entraves a ajuda humanitária na Síria e a todas as partes do conflito que facilitem sua distribuição. A embaixadora americana na ONU, Susan Rice, mostrou ceticismo com relação ao projeto de Brahimi.



"Muitos são céticos, com propriedade, sobre a perspectiva de instaurar um cessar-fogo, embora temporário (na Síria), levando em consideração a longa lista de promessas não respeitadas por (Bashar) al Assad", declarou Rice após o relatório apresentado pelo mediador no Conselho de Segurança.

Washington "apoia firmemente" os esforços de Brahimi para conseguir uma trégua, "mas o governo (sírio) deve dar o primeiro passo", sustentou.

O corpo executivo das Nações Unidas considera que um cessar-fogo durante a festa muçulmana de Eid al Adha - conhecida como Festa do Sacrifício -, entre 26 e 28 de outubro, pode constituir "um primeiro passo" para um fim permanente das hostilidades e rumo a uma transição política "realizada pelos próprios sírios".

Brahimi, enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria, anunciou esta quarta-feira do Cairo ter obtido o acordo do regime e de vários dirigentes rebeldes a uma trégua durante a festa de Eid al Adha, uma das comemorações muçulmanas mais sagradas, a partir da sexta-feira na Síria.

As partes em conflito relativizaram este anúncio, com o governo de Damasco destacando que "a decisão final" será adotada na quinta-feira e os rebeldes afirmando que não observarão a trégua se o exército não cessar primeiro as hostilidades.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação