Agência France-Presse
postado em 25/10/2012 14:23
Damasco - O Exército sírio suspenderá suas operações militares a partir desta sexta-feira (26/10) até segunda-feira (29/10), atendendo ao apelo do mediador internacional Lakhdar Brahimi, mas se reserva o direito de responder em caso de ataques rebeldes, de acordo com um texto lido nesta quinta na televisão oficial do Estado."Em ocasião do Eid al-Adha, o comando das Forças Armadas sírias anunciam a suspensão das operações militares no território da república a partir da manhã de sexta-feira até segunda-feira", indicou o Exército neste comunicado. O Exército "se reserva o direito de responder se os grupos terroristas armados continuarem a atirar em civis e nas forças do governo, a atacar bens públicos e privados, ou a utilizar carros-bomba e bombas", indica o texto.
[SAIBAMAIS]O regime identifica os rebeldes e opositores como "terroristas". As tropas poderão também utilizar suas armas se os rebeldes "reforçarem suas posições ou transportarem combatentes e munições" ou ainda "se os países limítrofes deixarem terroristas passar por suas fronteiras". Se este cessar-fogo for efetivamente implementado, será o primeiro a ser respeitado na Síria, mergulhada desde meados de março 2011 em uma revolta popular que se tornou um conflito armado devido à repressão.
Do lado rebelde, o Exército Sírio Livre (ESL) advertiu que vai interromper as hostilidades quando as tropas de Bashar al-Assad silenciarem suas armas. Mas a Frente Al-Nusra, um grupo islamita que reivindicou atentados contra o regime, rejeitou a trégua. No dia 12 de abril, um cessar-fogo proclamado por iniciativa de Kofi Annan, antecessor de Brahimi, havia sido aceito pelas duas partes em conflito. Mas o acordo durou apenas algumas horas, mesmo que os combates tenham perdido intensidade por algum tempo.