Agência France-Presse
postado em 28/10/2012 12:40
Cidade do Vaticano - Os bispos de todo o mundo analisaram o estado geral da nova evangelização, em um ambiente considerado franco, focado na renovação missionária da Igreja, longe da crise do "Vatileaks". O papa Bento XVI pediu neste domingo aos 262 bispos reunidos no sínodo que levem a "Nova Evangelização" aos quatro cantos do mundo, e os instou a "reavivar" o fogo do Evangelho entre aqueles que "perderam a riqueza da fé".
Ao fim deste encontro de três semanas, o Papa reuniu os bispos para celebrar com eles a missa final do sínodo na basílica de São Pedro. "Os verdadeiros protagonistas da nova evangelização são os santos, que pelo exemplo de suas vidas e por suas obras de caridade falam uma linguagem compreendida por todos", disse o pontífice.
Bento XVI lembrou o evangelho do dia da cura do cego Bartimeu, e comparou a situação do homem moderno com a do personagem de uma família abastada que ficou cego, levado a mendigar e a seguir o caminho de Jesus com a esperança de ser curado por ele. O Papa também destacou a "urgência" de se "reavivar" o fogo da palavra de Cristo para que "seja a chama que dê luz e calor a todos".
Entre as linhas pastorais, o Papa mencionou "a exigência de acompanhar" a preparação dos sacramentos "com uma catequese apropriada", a importância do sacramento da penitência, e o novo "dinamismo missionário" pedido aos laicos. O sínodo apresentou sábado 58 propostas que destacam a qualidade da catequese (ensino) e a vocação de todos os batizados para serem evangelizadores, incluindo os jovens.
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Os padres sinodais propõem que uma comissão de dirigentes da Igreja se encarregue de monitorar os ataques à liberdade religiosa e de obter informações exatas em caso de violações. Em relação ao Islã, apesar das dificuldades, o diálogo deve continuar", considera uma das propostas, no momento em que vários religiosos --árabes, africanos, europeus-- manifestam seus temores relacionados à radicalização do Islã.
Diante do crescente papel dos laicos, os padres sinodais mencionam a possibilidade de as conferências episcopais pedirem à Santa Sé a criação de um "ministério especial do catequista" e defendem a extensão da catequese aos adultos. Para favorecer a penitência (confissão), uma proposta pede que em cada diocese um lugar seja dedicado a este sacramento com padres presentes de forma permanente.
A evangelização deve "ser respeitada totalmente por cada pessoa, sem nenhuma forma de proselitismo", indica o documento dos bispos. Olivier Schmitthaeusler, vicário apostólico de Phnom Penh, capital do Camboja, o mais jovem dos bispos participantes, considerou que "não há muitas instituições no mundo que se atrevam a se autoquestionar desta forma".
Apesar disso, não houve referência alguma ao "Vatileaks" durante o encontro, de acordo com os testemunhos dos participantes.
O julgamento do mordomo do Papa deixou mais interrogações do que respostas sobre o chamado "Vatileaks", caso de divulgação de documentos confidenciais do Vaticano que, segundo os analistas, ainda não pode ser dado por concluído.
O julgamento revelou um ambiente de descontentamento e frustração no círculo próximo ao Papa, e não dissipou a suspeita de alguns observadores de que por trás do caso estava sendo organizado um complô contra alguns setores das hierarquias eclesiásticas.
Ao fim deste encontro de três semanas, o Papa reuniu os bispos para celebrar com eles a missa final do sínodo na basílica de São Pedro. "Os verdadeiros protagonistas da nova evangelização são os santos, que pelo exemplo de suas vidas e por suas obras de caridade falam uma linguagem compreendida por todos", disse o pontífice.
Bento XVI lembrou o evangelho do dia da cura do cego Bartimeu, e comparou a situação do homem moderno com a do personagem de uma família abastada que ficou cego, levado a mendigar e a seguir o caminho de Jesus com a esperança de ser curado por ele. O Papa também destacou a "urgência" de se "reavivar" o fogo da palavra de Cristo para que "seja a chama que dê luz e calor a todos".
Entre as linhas pastorais, o Papa mencionou "a exigência de acompanhar" a preparação dos sacramentos "com uma catequese apropriada", a importância do sacramento da penitência, e o novo "dinamismo missionário" pedido aos laicos. O sínodo apresentou sábado 58 propostas que destacam a qualidade da catequese (ensino) e a vocação de todos os batizados para serem evangelizadores, incluindo os jovens.
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Os padres sinodais propõem que uma comissão de dirigentes da Igreja se encarregue de monitorar os ataques à liberdade religiosa e de obter informações exatas em caso de violações. Em relação ao Islã, apesar das dificuldades, o diálogo deve continuar", considera uma das propostas, no momento em que vários religiosos --árabes, africanos, europeus-- manifestam seus temores relacionados à radicalização do Islã.
Diante do crescente papel dos laicos, os padres sinodais mencionam a possibilidade de as conferências episcopais pedirem à Santa Sé a criação de um "ministério especial do catequista" e defendem a extensão da catequese aos adultos. Para favorecer a penitência (confissão), uma proposta pede que em cada diocese um lugar seja dedicado a este sacramento com padres presentes de forma permanente.
A evangelização deve "ser respeitada totalmente por cada pessoa, sem nenhuma forma de proselitismo", indica o documento dos bispos. Olivier Schmitthaeusler, vicário apostólico de Phnom Penh, capital do Camboja, o mais jovem dos bispos participantes, considerou que "não há muitas instituições no mundo que se atrevam a se autoquestionar desta forma".
Apesar disso, não houve referência alguma ao "Vatileaks" durante o encontro, de acordo com os testemunhos dos participantes.
O julgamento do mordomo do Papa deixou mais interrogações do que respostas sobre o chamado "Vatileaks", caso de divulgação de documentos confidenciais do Vaticano que, segundo os analistas, ainda não pode ser dado por concluído.
O julgamento revelou um ambiente de descontentamento e frustração no círculo próximo ao Papa, e não dissipou a suspeita de alguns observadores de que por trás do caso estava sendo organizado um complô contra alguns setores das hierarquias eclesiásticas.