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Turistas à deriva em Nova York após passagem do furacão Sandy

Agência France-Presse
postado em 30/10/2012 20:12
Nova York - Milhares de turistas vagavam sem destino nesta terça-feira (30/10) pelas ruas de Manhattan desamparados após o fechamento das principais atrações de Nova York, como museus e teatros da Broadway, e a suspensão dos transportes coletivos.

A passagem de Sandy levou ao fechamento do Empire State, da Estátua da Libertade e do Metropolitan Museum, entre outros locais emblemáticos de Nova York.

Até o Central Park, pulmão verde da cidade, foi fechado diante do risco de queda de árvores após a ventania da noite de segunda-feira. Os musicais da Broadway foram cancelados a partir da noite de domingo (28) e a Metropolitan Opera está fechada.

A parte sul de Manhattan permanece sem eletricidade, o que impede a reabertura dos bares e restaurantes de West Village, Tribeca, East Village e Lower East Side.



O tradicional desfile de Halloween pelas ruas de Manhattan, previsto para a quarta-feira, foi cancelado após a devastação provocada por Sandy na região, informou a polícia de Nova York.

Jean-Charles Beyaert, um dentista francês, chegou com um grupo de 16 familiares e amigos para passar uma semana em Nova York, com uma agenda que incluía um concerto gospel no Harlem, visitas à Universidade de Columbia, Brooklyn, vários museus, shoppings e passeios no Central Park.

Mas Sandy atrapalhou tudo e o grupo vagava nesta terça-feira pelas ruas de Manhattan sem destino. "Estamos andando porque está tudo fechado, mas vamos ter um final de semana cheio porque será preciso recuperar o tempo perdido", revelou Beyaert.

A também francesa Marie e suas duas filhas não estavam tão otimistas e lamentavam o frio que tomou conta da cidade após a passagem do furacão.

Um casal de argentinos lamentava a situação: "chegamos na manhã de domingo e não sabíamos de nada ao sair de Buenos Aires. Estamos no Hotel Mondrian, no Soho, e não há água nem eletricidade. Não há quase nada para comer, tivemos uma fruta no café da manhã e nada à noite", disse Margarita SeeBer, enfermeira de 30 anos.

Os dois procuravam um café aberto para comer antes de visitar o Central Park, que ignoravam estar fechado.

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