Beirute - O principal grupo opositor da Síria no exílio, o Conselho Nacional Sírio (CNS), acusou nesta sexta-feira (2/10) o governo dos Estados Unidos de impor obstáculos à "revolução" no país, ao tentar supervisionar a organização dos setores de oposição ao governo de Bashar al-Assad.
Apenas dois dias depois de um dia importante de negociações no Qatar, o CNS atacou de forma direta as críticas do governo dos Estados Unidos ao Conselho por não representar plenamente os diferentes grupos dissidentes sírios.
"Qualquer discussão que proponha evitar o Conselho Nacional Sírio ou criar novos grupos para substituí-lo constitui uma tentativa de minar a revolução síria, plantando as sementes da divisão", afirma o CNS em uma nota oficial.
A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, expressou esta semana frustração com o CNS e defendeu a formação de uma nova e ampla oposição, que inclua os ativistas que estão na Síria.
Nesta sexta-feira, os rebeldes sírios assumiram o controle da região de Saraqeb, um corredor estratégico do norte do país que liga as cidades de Damasco e Aleppo à cidade costeira de Lataquia, anunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (ONG).
"O exército se retirou de seu último quartel na região de Saraqeb", disse à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH, que tem sede em Londres.
De acordo com Rahman, um perímetro de 25 quilômetros ao redor de Saraqeb (na província de Idleb) está completamente fora do controle do regime.