Agência France-Presse
postado em 02/11/2012 18:08
Kano - O Exército nigeriano executou na quinta-feira 40 jovens em Maiduguri, reduto do grupo islâmico Boko Haram no nordeste do país, de acordo com testemunhas, no mesmo dia em que a Anistia Internacional denunciou violações dos direitos Humanos por parte das forças de segurança.
"Os soldados chegaram (quinta-feira à noite)", contou à AFP um clérigo muçulmano em Kalari, distrito de Maiduguri. "Eles separaram os jovens dos velhos e pediram para que nossas crianças deitassem no chão. Então ouvimos tiros". "Eles os mataram (...) fizeram o mesmo em três outros bairros (de Maiduguri). Fomos ao necrotério e contamos 48 corpos no total", relatou uma testemunha, que pediu para não ser identificada.
De acordo com um funcionário, o necrotério do hospital geral de Maiduguri "recebeu 39 corpos ontem (quinta-feira), trazidos por soldados. Todos com feridas recentes de balas".
Uma fonte militar contactada pela AFP não quis comentar as acusações, mas considerou que se as execuções realmente aconteceram, eram "injustificáveis".
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Já o tenente-coronel Sagir Musa, porta-voz do Exército em Maiduguri, declarou que segundo os serviços de inteligência, "os terroristas do Boko Haram preparavam novos ataques contra representantes do governo, políticos e outros cidadão honestos" nesta região. O Boko Haram realizou várias operações em represália a operações militares.
Em um relatório publicado na quinta-feira, a Anistia Internacional denunciou violações dos direitos Humanos cometidas pelas forças de ordem nigerianas em sua repressão ao Boko Haram, principalmente em Maiduguri.
A organização de defesa dos direitos Humanos baseada em Londres recolheu vários testemunhos "que relatam execuções sumárias de habitantes em frente a suas casas durante revistas ou após suas detenções, assassinatos na cadeia ou nas ruas pelas forças de segurança de Maiduguri", segundo seu relatório.
O Exército nigeriano rejeitou as acusações da Anistia Internacional, mas os habitantes confirmam que em várias ocasiões pessoas desarmadas foram mortas por soldados em represália aos atentados do Boko Haram.
Os atentados e ataques realizados pelo Boko Haram e sua repressão causaram mais de 3.000 mortes no norte e centro da Nigéria desde 2009.
"Os soldados chegaram (quinta-feira à noite)", contou à AFP um clérigo muçulmano em Kalari, distrito de Maiduguri. "Eles separaram os jovens dos velhos e pediram para que nossas crianças deitassem no chão. Então ouvimos tiros". "Eles os mataram (...) fizeram o mesmo em três outros bairros (de Maiduguri). Fomos ao necrotério e contamos 48 corpos no total", relatou uma testemunha, que pediu para não ser identificada.
De acordo com um funcionário, o necrotério do hospital geral de Maiduguri "recebeu 39 corpos ontem (quinta-feira), trazidos por soldados. Todos com feridas recentes de balas".
Uma fonte militar contactada pela AFP não quis comentar as acusações, mas considerou que se as execuções realmente aconteceram, eram "injustificáveis".
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Já o tenente-coronel Sagir Musa, porta-voz do Exército em Maiduguri, declarou que segundo os serviços de inteligência, "os terroristas do Boko Haram preparavam novos ataques contra representantes do governo, políticos e outros cidadão honestos" nesta região. O Boko Haram realizou várias operações em represália a operações militares.
Em um relatório publicado na quinta-feira, a Anistia Internacional denunciou violações dos direitos Humanos cometidas pelas forças de ordem nigerianas em sua repressão ao Boko Haram, principalmente em Maiduguri.
A organização de defesa dos direitos Humanos baseada em Londres recolheu vários testemunhos "que relatam execuções sumárias de habitantes em frente a suas casas durante revistas ou após suas detenções, assassinatos na cadeia ou nas ruas pelas forças de segurança de Maiduguri", segundo seu relatório.
O Exército nigeriano rejeitou as acusações da Anistia Internacional, mas os habitantes confirmam que em várias ocasiões pessoas desarmadas foram mortas por soldados em represália aos atentados do Boko Haram.
Os atentados e ataques realizados pelo Boko Haram e sua repressão causaram mais de 3.000 mortes no norte e centro da Nigéria desde 2009.