Agência France-Presse
postado em 06/11/2012 10:51
Doha - O chefe do Conselho Nacional Sírio (CNS), Abdel Basset Seyda, criticou nesta terça-feira (6/11) a comunidade internacional por sua passividade diante da matança de seu povo e da destruição de seu país, em um discurso em Doha diante dos dirigentes desta principal coalizão da oposição."O povo sírio sangra e espera que a comunidade internacional atue", disse Seyda, ao denunciar a "matança de sírios e a destruição sistemática de nossas cidades e povos". Assegurou que os sírios "sentem que foram deixados sozinhos diante de seu destino e que o mundo inteiro entrou de acordo para não fazer nada". "O que a comunidade internacional espera? O objetivo é dividir a Síria?", se perguntou Seyda.
[SAIBAMAIS]Advertiu que as "correntes extremistas" se verão fortalecidas caso as "matanças selvagens do regime prossigam e a comunidade internacional persista em sua atitude negativa e incompreensível". O discurso de Seyda ocorre num momento em que o CNS, até agora considerado a principal coalizão da oposição para depor o regime do presidente Bashar al-Assad, é alvo das críticas dos Estados Unidos.
A chefe da diplomacia americana, Hillary Clinton, desautorizou publicamente na semana passada esta instância, ao considerar que não pode ser considerada como "o dirigente visível da oposição", e defendeu que sua base se amplie, inclusive aos sírios do interior. O CNS iniciou no domingo em Doha uma reunião visando a sua reestruturação. Na segunda-feira decidiu se abrir para receber novos grupos da oposição.