postado em 07/11/2012 10:05
Começa amanhã o 18; Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), que renovará a cúpula do partido e, consequentemente, o grupo de homens e mulheres que comandará o país nos próximos 10 anos. O grande nome do evento e da década será Xi Jinping, o atual vice-presidente e futuro substituto do chefe de Estado, Hu Jintao. Xi deve assumir a secretaria-geral do partido e, portanto, a Presidência do país em março de 2013. Li Keqiang, por sua vez, deve se tornar o novo primeiro-ministro, substituindo Wen Jiabao. Embora a escolha dos novos dirigentes tenha sido feita ainda em 2007, os desafios que eles devem enfrentar ainda estão sendo delineados. A segunda maior economia do mundo precisa manter seu crescimento anual de 10%, lidar com a pressão internacional por mudanças políticas e, desde o início do ano, abafar e resolver os escândalos de corrupção que envolvem o partido.
O PCC, último grande reduto comunista do mundo, depende do nacionalismo incondicional para manter o poder sobre uma sociedade que, gradualmente, está se tornando capitalista. Seus membros mais importantes são filhos de revolucionários chineses ou integrantes do alto escalão do partido e, por isso, recebem a alcunha de ;príncipes;. O Comitê Permanente do Politburo, cujos nove integrantes concentram o poder do partido, é o órgão, que por meio de negociações, seleciona formalmente os próximos líderes nacionais. ;A seleção é feita com base em interesses diversos. São conversas de bastidores, negociações em setores políticos e econômicos até que se chegue a uma decisão. Mas não se sabe exatamente como são essas discussões da elite da China, já que o governo é uma ditadura e seus membros controlam a mídia;, explicou o professor de política e economia internacional Jonathan Story, da faculdade de administração Insead (França).