Teerã - Mehdi Hachemi, filho de ex-presidente iraniano Akbar Hachemi Rafsandjani, foi acusado de espionagem, indicou nesta quinta-feira (8/11) a agência de notícias Fars, citando uma fonte anônima ligada ao caso. Mehdi Hachemi foi preso no final de setembro em seu retorno ao Irã, proveniente do Reino Unido, onde viveu nos três últimos anos.
Segundo esta fonte citada pela Fars, Mehdi Hachemi é acusado de "espionagem e de ter fornecido informações confidenciais a estrangeiros", de "perturbação do sistema econômico" e de "corrupção financeira durante a assinatura de contratos petroleiros" sob a presidência de seu pai (1989-1997). Ele também foi acusado de ter atuado "contra a segurança do país" durante as manifestações depois da polêmica reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad em 2008.
No final de setembro, a irmã de Mehdi Hachemi, Faezeh Hachemi, também foi presa e condenada a uma pena de seis meses por ter feito "propaganda contra o regime". Essa pena, estabelecida no início do ano, ainda não foi aplicada. Mehdi Hachemi e sua irmã são acusados pelas autoridades de envolvimento nas manifestações de 2009, desencadeadas pela reeleição de Mahmud Ahmadinejad para um segundo mandato de presidente, durante um processo eleitoral marcado por fraudes, de acordo com a oposição.
Akbar Hachemi Rafsandjani dirige o Conselho de Discernimento do regime, a mais alta instância de arbitragem política. Ele foi criticado pelos conservadores que se queixam pelo fato de não ter condenado os líderes da oposição Mir Hossein Mousavi e Mehdi Karoubi, que assumiram a frente do movimento de contestação contra a reeleição de Ahmadinejad.
Estes são mantidos atualmente em prisão domiciliar.