Agência France-Presse
postado em 08/11/2012 17:39
O autor do massacre de Tucson (Arizona, sudoeste), no qual seis pessoas foram mortas e a congressista Gabrielle Giffords ficou gravemente ferida em janeiro de 2011, foi condenado nesta quinta-feira (8/11) à prisão perpétua, indicou a imprensa local.Jared Loughner, de 24 anos, havia assumido a culpa pelos crimes em agosto, para escapar de uma eventual condenação à morte. Ele passará o resto de seus dias atrás das grades, sem possibilidade de libertação antecipada.
"Nunca mais terá a oportunidade de utilizar uma arma", declarou o juiz federal Larry Burns, que leu a sentença. "As provas mostram que ele sabia perfeitamente o que estava fazendo, apesar de sua doença mental", acrescentou. De acordo com a imprensa local, a sentença prevê tecnicamente sete penas consecutivas de prisão perpétua -- seis para cada uma das vítimas e uma pela tentativa de assassinato de Gabrielle Giffords --, seguidas por 140 anos de prisão.
Esta pena é fruto de um acordo que havia sido concluído entre o gabinete do procurador e a defesa do jovem, depois de este ter sido considerado culpado por 19 das 49 acusações pelas quais teria que responder em caso de processo.
No dia 8 de janeiro de 2011, Jared Loughner abriu fogo em um estacionamento de supermercado onde a parlamentar Gabrielle Giffords realizava um ato político, deixando 6 mortos, incluindo uma menina de 9 anos e um juiz federal. A parlamentar, que renunciou em janeiro, estava presente na audiência, mas não se manifestou, deixando a palavra com seu marido, o astronauta Mark Kelly.
"Gabby trocaria a sua vida por cada uma daquelas que você tirou naquele dia", declarou, citado pela rede de televisão de Tucson, KVOA. "Você tentou criar um mundo tão sombrio e maldoso quanto o seu. Mas lembre-se: você fracassou". Várias outras vítimas foram testemunhar na audiência, como Mavanell Stoddard, que teve o seu marido de 76 anos morto ao protegê-la. "Você esqueceu de voltar a arma para si mesmo", disse ela a Jared Loughner, segundo a NBC News.