Londres - Um dos filhos do pregador islamita Abu Hamza, Imran Mostada, de 20 anos, foi condenado nesta quinta-feira, por um tribunal de Norwich Crown (leste da Inglaterra), a 11 anos de prisão por roubo de uma joalheria.
O roubo aconteceu no dia 31 de janeiro em Kings Lynn, um porto do leste da Inglaterra. Imran Mostafa e três cúmplices foram presos com 70 mil libras (111 mil dólares).
Imran Mostafa, que negou sua participação no crime, tinha sido declarado culpado em seu julgamento em setembro. Seus três cúmplices, de 18, 19 e 20 anos, também considerados culpados, foram condenados respectivamente a onze anos, oito anos e três meses, e sete anos e quatro meses.
O advogado do jovem havia defendido que seu cliente tinha caído na delinquência após ter sido rejeitado por seus companheiros devido à má imagem de seu pai.
"Custou para ele fazer amigos porque os pais de outras crianças lhes diziam para não andar com ele", declarou na corte, Roderick Price.
O magistrado informou que Mostafa tinha mantido uma "relação normal" com seu pai até os 11 anos, quando Abu Hamza foi preso.
Em prisão provisória até seu julgamento, foi isolado por causa da identidade de seu pai.
Hamza, ex-imã da mesquita de Finsbury Park, e outros quatro supostos terroristas foram extraditados pela Grã-Bretanha aos Estados Unidos no mês passado, após uma batalha judicial de vários anos. A data de seu julgamento foi fixada para 26 de agosto de 2013.
Nascido no Egito e nacionalizado britânico, Abu Hamza é acusado de ter colaborado com o sequestro de 16 turistas no Iêmen em 1998, entre eles dois norte-americanos. Quatro dos sequestrados foram mortos durante uma operação militar para libertá-los.
Ele também é suspeito de ter contribuído para criar um campo de treinamento nos Estados Unidos em 2000-2001 e de ter ajudado a financiar possíveis "jihadistas" desejosos de ir ao Oriente Médio para aprender a realizar atentados.