Mundo

Jordânia esta´decepcionada por vitória judicial de radical islâmico

Agência France-Presse
postado em 12/11/2012 17:26

Amã - O governo da Jordânia manifestou nesta segunda-feira (12/11) sua decepção com a decisão de um tribunal britânico de admitir o recurso do imã radical jordaniano Abu Qatada contra a sua extradição para seu país natal.

"O governo jordaniano manifesta a sua decepção com a decisão da corte britânica relativa a Omar Mohammed Othman, conhecido como Abu Qatada, e com a rejeição de extraditá-lo para a Jordânia", indicou o ministro da Justiça, Ghaleb al-Zohbi.

"O governo jordaniano havia concedido as garantias necessárias para um processo justo contra Abu Qatada em caso de extradição", acrescentou o ministro, citado pela agência oficial Petra.

Zohbi disse que Amã está disposto a estudar junto com o governo britânico a decisão da Comissão Especial de Apelações sobre Imigração (Siac), e a trabalhar com as autoridades de Londres sobre as próximas medidas a serem adotadas no caso.

O homem que foi considerado o líder espiritual da Al-Qaeda na Europa foi condenado à revelia na Jordânia em 1998 por seu envolvimento em vários atentados.

Agora, as autoridades jordanianas requerem o imã radical de origem palestina para voltar a julgá-lo por esses atentados.

[SAIBAMAIS]O Ministério britânico do Interior anunciou logo depois do anúncio da decisão a sua intenção de apelar da decisão da Siac, que aceitou os argumentos dos advogados do imã jordaniano de que este não teria direito a um julgamento justo em seu país porque algumas das provas contra ele haviam sido obtidas sob tortura.

Segundo a decisão da Siac, o imã deve ser liberado na terça-feira, embora tenha que usar uma pulseira eletrônica e seja obrigado a permanecer em casa durante 16 horas por dia.

Abu Qatada, que vive no Reino Unido desde 1993 e é pai de cinco filhos, passou grande parte dos sete últimos anos em prisões britânicas ou em prisão domiciliar, apesar de nunca ter sido acusado neste país.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação