postado em 13/11/2012 08:38
Cinco dias depois de ser alvo de manifestações em Buenos Aires e nas principais cidades argentinas, a presidente Cristina Kirchner apelou nessa segunda-feira (12/11) para que seus aliados reajam com "sabedoria, inteligência e tranquilidade". Ela classificou os protestos de provocações. ;[São] provocações de alguns que querem voltar ao regime linha dura que arruinou a Argentina", disse, referindo-se ao período da ditadura."Nós não vamos fazer o jogo. Não vamos permitir provocações", acrescentou. O discurso da presidente ocorreu durante a cerimônia de lançamento da primeira fase da Usina de Laminados Industriais S.A.
No último dia 8, argentinos saíram às ruas em Buenos Aires e nas principais cidades do país, como também na Espanha. Eles protestaram contra o governo Kirchner e criticaram as medidas adotadas.
Ao mencionar indiretamente as manifestações, Cristina Kirchner ressaltou que aumentou na Argentina o número de trabalhadores formais, durante seu governo, e que a manutenção do trabalho é uma garantia a ser preservada. Ela destacou que o mundo está ;cada vez mais complicado;.
A presidente lembrou que não se trata de um projeto político, mas de um país e de uma causa. "Eu sou parte de uma geração que foi histórica, mas também cometeu erros e equívocos. Nós temos aprendido a superar esses erros e equívocos;, destacou.
Em seu discurso, Cristina Kirchner pediu que a sociedade colabore para a "responsabilidade social" e o que chamou de ;compromisso coletivo;. Segundo ela, muitas pessoas na Argentina não compreendem os processos históricos e aceitam a manipulação daqueles que têm interesses diversos. "Os que confundem são também os que manipulam, mentem e escondem os verdadeiros interesses.;