Agência France-Presse
postado em 15/11/2012 17:40
Gaza - Dois foguetes disparados de Gaza caíram pela primeira vez na região de Tel Aviv, em plena escalada de violência entre Israel e os grupos armados palestinos, que deixou dez mortos nesta quinta-feira (15/11). Esta onda de violência ocorre no segundo dia da operação israelense "Pilar de Defesa" contra os grupos armados de Gaza, iniciada na quarta-feira com o assassinato do chefe de operações militares do movimento islâmico Hamas, Ahmed Jaabari.
O funeral de Ahmed Jaabari foi realizado pela manhã na presença de centenas de pessoas, entre as quais dezenas de combatentes do Hamas, constatou a AFP. Nesta quinta, Israel matou sete pessoas em ataques aéreos a Gaza e três israelenses faleceram após a explosão de um foguete no sul de Israel.
Cinco vítimas pertenciam às Brigadas Ezzedin al-Qassam, braço armado do Hamas no poder em Gaza, segundo um comunicado desta organização. As outras duas pessoas falecidas são um homem de 60 anos de Beit Lahiya (norte de Gaza) e um menino de Khan Yunis (sul).
O funeral de Ahmed Jaabari foi realizado pela manhã na presença de centenas de pessoas, entre as quais dezenas de combatentes do Hamas, constatou a AFP. Nesta quinta, Israel matou sete pessoas em ataques aéreos a Gaza e três israelenses faleceram após a explosão de um foguete no sul de Israel.
Cinco vítimas pertenciam às Brigadas Ezzedin al-Qassam, braço armado do Hamas no poder em Gaza, segundo um comunicado desta organização. As outras duas pessoas falecidas são um homem de 60 anos de Beit Lahiya (norte de Gaza) e um menino de Khan Yunis (sul).
Desde o início da operação militar chamada de "Pilar de Defesa", as forças israelenses mataram 15 pessoas e feriram outras 150, de acordo com fontes médicas e do Hamas. Em Israel, "três pessoas morreram (...) atingidas por um foguete Grad disparado contra um prédio residencial em Kiryat Malachi", declarou à AFP o porta-voz da Polícia israelense Micky Rosenfeld. Também houve 16 feridos, segundo a polícia e fontes médicas.
Deixando claro que a ofensiva israelense será estendida, o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, aprovou nesta quinta a convocação de até 30.000 reservistas, que poderão ser mobilizados a qualquer momento. "Estamos prestes a ampliar a campanha" em Gaza, declarou à televisão israelense o porta-voz do Exército, general Yoav Mordechai, acrescentando que o ministro da Defesa acabara de "ordenar ao Exército a convocação de 30.000 soldados", que podem ser mobilizados imediatamente.
Depois "determinaremos quantos deles serão chamados", considerando que "todas as opções estão sobre a mesa". O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia afirmado anteriormente que o Estado hebreu vai "continuar a realizar todas as ações necessárias para defender sua população" dos foguetes de Gaza.
O Hamas, no poder em Gaza, rejeitou "qualquer negociação sobre uma trégua com Israel neste momento". "Não vamos nos deixar enganar pelas mentiras da ocupação. Consideramos que discutir uma trégua neste momento forneceria uma cobertura adicional à manutenção da escalada contra Gaza", declarou Sami Abu Zuhri, um porta-voz do Hamas, durante uma entrevista coletiva à imprensa em Gaza.
No início da noite, um foguete caiu em Jaffa, na região de Tel-Aviv, em um ataque reivindicado pela Jihad Islâmica. Pouco antes, um foguete havia caído 15 km a sudeste de Tel-Aviv, sem deixar feridos ou danos maiores, de acordo com o Exército israelense. Foi a primeira vez que um foguete de Gaza chegou tão longe em território israelense.
Segundo especialistas, o projétil pode ser um foguete Fajr 5, de fabricação iraniana, que tem um alcance máximo de 75 km.
"Nervos à flor da pele"
Em Gaza, a tensão era perceptível e um silêncio incomum reinava, interrompido apenas pelos barulhos dos disparos de foguetes, das explosões e das sirenes das ambulâncias, segundo jornalistas da AFP. A maior parte dos habitantes estava trancada em suas casas.
A operação israelense foi condenada pela Rússia, pelo Irã e pelo Egito. O primeiro-ministro egípcio, Hicham Qandil, irá nesta sexta-feira a Gaza. Washington e Londres apoiam claramente o direito de Israel de se defender do Hamas, considerado por esses dois países o responsável pela escalada.
No sul de Israel, as aulas foram suspensas nas escolas de localidades situadas a menos de 40 km da Faixa de Gaza. "Estamos à beira de um ataque de nervos há anos por causa desses disparos de foguetes. Chegou o momento de voltarmos à calma", afirmou Israel Bitane, de 49 anos, morador de Netivot, uma pequena cidade próxima de Gaza.
Em um comunicado, o Exército israelense indicou ter atacado na noite de quarta para quinta-feira depósitos de munição com "cerca de cem foguetes de médio e longo alcance, e instalações", danificando "de forma significativa a capacidade do Hamas de disparar foguetes".
As Brigadas Ezzedin al-Qassam reivindicaram os disparos de pelo menos 100 foguetes em direção a Israel.
Deixando claro que a ofensiva israelense será estendida, o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, aprovou nesta quinta a convocação de até 30.000 reservistas, que poderão ser mobilizados a qualquer momento. "Estamos prestes a ampliar a campanha" em Gaza, declarou à televisão israelense o porta-voz do Exército, general Yoav Mordechai, acrescentando que o ministro da Defesa acabara de "ordenar ao Exército a convocação de 30.000 soldados", que podem ser mobilizados imediatamente.
Depois "determinaremos quantos deles serão chamados", considerando que "todas as opções estão sobre a mesa". O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia afirmado anteriormente que o Estado hebreu vai "continuar a realizar todas as ações necessárias para defender sua população" dos foguetes de Gaza.
O Hamas, no poder em Gaza, rejeitou "qualquer negociação sobre uma trégua com Israel neste momento". "Não vamos nos deixar enganar pelas mentiras da ocupação. Consideramos que discutir uma trégua neste momento forneceria uma cobertura adicional à manutenção da escalada contra Gaza", declarou Sami Abu Zuhri, um porta-voz do Hamas, durante uma entrevista coletiva à imprensa em Gaza.
No início da noite, um foguete caiu em Jaffa, na região de Tel-Aviv, em um ataque reivindicado pela Jihad Islâmica. Pouco antes, um foguete havia caído 15 km a sudeste de Tel-Aviv, sem deixar feridos ou danos maiores, de acordo com o Exército israelense. Foi a primeira vez que um foguete de Gaza chegou tão longe em território israelense.
Segundo especialistas, o projétil pode ser um foguete Fajr 5, de fabricação iraniana, que tem um alcance máximo de 75 km.
"Nervos à flor da pele"
Em Gaza, a tensão era perceptível e um silêncio incomum reinava, interrompido apenas pelos barulhos dos disparos de foguetes, das explosões e das sirenes das ambulâncias, segundo jornalistas da AFP. A maior parte dos habitantes estava trancada em suas casas.
A operação israelense foi condenada pela Rússia, pelo Irã e pelo Egito. O primeiro-ministro egípcio, Hicham Qandil, irá nesta sexta-feira a Gaza. Washington e Londres apoiam claramente o direito de Israel de se defender do Hamas, considerado por esses dois países o responsável pela escalada.
No sul de Israel, as aulas foram suspensas nas escolas de localidades situadas a menos de 40 km da Faixa de Gaza. "Estamos à beira de um ataque de nervos há anos por causa desses disparos de foguetes. Chegou o momento de voltarmos à calma", afirmou Israel Bitane, de 49 anos, morador de Netivot, uma pequena cidade próxima de Gaza.
Em um comunicado, o Exército israelense indicou ter atacado na noite de quarta para quinta-feira depósitos de munição com "cerca de cem foguetes de médio e longo alcance, e instalações", danificando "de forma significativa a capacidade do Hamas de disparar foguetes".
As Brigadas Ezzedin al-Qassam reivindicaram os disparos de pelo menos 100 foguetes em direção a Israel.