Agência France-Presse
postado em 16/11/2012 13:21
Gaza - Mais um foguete disparado a partir da Faixa de Gaza caiu nesta sexta-feira (16/11) no mar perto de Tel Aviv, enquanto Israel começa a mobilizar 16 mil reservistas e diz estar pronto para expandir suas operações contra os palestinos, em um conflito que já matou 23 pessoas em três dias.O presidente egípcio, Mohamed Mursi, cujo país desempenhou um papel importante de mediação no conflito israelo-palestino na era de Hosni Mubarak, denunciou a ofensiva israelense como "uma agressão flagrante contra a humanidade", prometendo que seu país "não deixaria Gaza sozinha".
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em plena campanha eleitoral, concordou em suspender sua operação "Pilar de defesa", lançada quarta-feira, durante uma breve visita a Gaza do primeiro-ministro egípcio Hisham Qandil, mas os dois lados se acusam mutuamente de não respeitar a trégua.
No início da tarde, um novo ataque israelense contra a Faixa de Gaza matou uma pessoa, elevando para cinco o número de mortes de palestinos nesta sexta. Em Israel, um foguete caiu fora de Tel Aviv, assim como na véspera, provocando pânico na praia ao longo da costa da metrópole israelense. O artefato caiu a 200 metros da beira-mar, onde está localizada a embaixada dos Estados Unidos. Jamais um projétil de Gaza tinha caído tão longe em território israelense.
[SAIBAMAIS]Durante uma breve visita a Gaza, Qandil se empenhou em trabalhar por um cessar-fogo para acabar com o surto de violência entre Israel e o Hamas, que também fez três mortos israelenses desde quarta-feira. "Israel deve cumprir os seus compromissos e os acordos já assinados", ressaltou Qandil. Vários países ocidentais, incluindo os Estados Unidos e a Alemanha, apelaram ao Egito, liderado pela Irmandade Muçulmana, movimento que deu origem ao Hamas no poder em Gaza, para usar a sua influência para acalmar a situação.
Depois do lançamento da operação "Pilar de Defesa", com o asassinato em Gaza de Ahmad Jaabari, chefe militar do Hamas 23 palestinos morreram e 235 ficaram feridos em cerca de 500 ataques aéreos israelenses. Neste período, 280 foguetes foram disparados de Gaza contra Israel, causando a morte de três pessoas. Desse total, 131 fora interceptados pelo sistema antimísseis "Domo de Ferro", do exército israelense.