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Exército bombardeia bairros e regiões suburbanas da capital síria

Agência France-Presse
postado em 16/11/2012 13:26
Damasco - Os bairros do sul de Damasco e os subúrbios foram bombardeados nesta sexta-feira (16/11) pelas forças sírias, ao mesmo tempo em que o líder da nova coalizão opositora fazia em Londres sua primeira visita a uma capital ocidental.

Como todas as sextas, os militantes que combatem o regime de Bashar al-Assad convocaram manifestações, desta vez em apoio à Coalizão Nacional, que reúnde grande parte dos movimentos sírios de oposição. O líder do grupo, Ahmad Moaz Al-Jatib, está em Londres para uma reunião com o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague. A unificação da oposição síria, anunciada domingo em Doha, representa "um passo muito grande adiante", destacou Hague em entrevista à BBC.

"Nós gostaríamos de estar na posição de reconhecê-la como única representante legítima do povo sírio, mas quero saber mais sobre os projetos", completou. Hague pretende saber, em particular, como serão feitas as nomeações para determinadas posições, se os curdos serão incluídos e quanto apoio recebem dentro da Síria.

Jatib também viajará a Paris. A França foi o único país ocidental a reconhecer a Coalizão como representante legítima do povo sírio. As monarquias do Golfo e a Turquia fizeram o mesmo. Nesta sexta-feira, a capital Damasco e os subúrbios mais próximos eram bombardeados pelo exército sírio, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que também destacou combates em Aleppo (norte).

[SAIBAMAIS]Moradores de Damasco afirmaram que não dormiram durante toda a noite em consequências dos ataques. Na capital, centro dos combates há duas semanas, mais da metade das ruas, sobretudo as menores, estão fechadas aos trânsito, lamentou o taxista Abu Mohamed. Ao mesmo tempo, há cada vez mais postos de controle, monitorados pelos serviços de segurança ou por moradores leais ao regime.



De acordo com militantes e o OSDH, os bombardeios foram retomados ao sul da capital, uma região disputada por insurgentes e pelo exército, especialmente na cidade de Muadamiya al-Sham e em Hajar al-Aswad. Também foram ouvidas explosões em Tadamun e perto do campo de refugiados palestinos de Yarmuk. Vinte meses depois dos primeiros protestos contra o regime, a violência provocou mais de 39.000 mortes na Síria, segundo o OSDH.

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