Mundo

Acidente entre ônibus e trem no Egito deixa ao menos 49 mortos

Agência France-Presse
postado em 17/11/2012 08:31

Cairo - Quarenta e sete crianças, um motorista e uma professora morreram neste sábado em um acidente entre um trem e o ônibus no qual viajavam na região central do Egito, depois que o operador do sinal ferroviário adormeceu, afirmaram autoridades, o que causou protestos e demissões.

O ministro dos Transportes, Rashad al-Metini, renunciou após a tragédia, afirmando que aceita a responsabilidade, enquanto o presidente Mohamed Morsi também aceitou a renúncia do chefe da Autoridade Ferroviária Egípcia.

"São 49 mortos e 18 feridos", informou o governador da província de Assiut, Yehya Keshk, à rede de televisão estatal.

O ônibus que levava 60 crianças com idades entre quatro e seis anos em uma excursão escolar organizada por sua creche foi atingido em uma passagem ferroviária em Manfalut, 356 km ao sul do Cairo, informou a polícia.

O funcionário responsável pela travessia - que havia sido deixada aberta - estava dormindo quando o ônibus tentou atravessar os trilhos, informou Keshk. "Ele foi preso, é claro".

"Há uma equipe de 45 médicos cuidando das crianças feridas", disse Keshk.

Os pais das crianças tiveram reações furiosas perto da cena do acidente, exigindo a pena de morte para os responsáveis, disse a polícia.

Leia mais notícias em Mundo

Um correspondente da rede de televisão estatal descreveu a cena como "aterrorizante", com corpos ensanguentados de crianças no chão, antes de serem levados para o hospital de Manfalut.

Mursi ordenou que o primeiro-ministro, além dos titulares das pastas de Defesa e Saúde e do governador de Assiut, ofereçam toda a assistência às famílias das vítimas, afirmou a agência de notícias oficial Mena.

"Em meu nome e do povo egípcio, ofereço minhas sinceras condolências às famílias", informou uma mensagem na conta de Mursi na rede de microblogs Twitter.

[SAIBAMAIS]O primeiro-ministro, Hisham Qandil, se dirigiu a Assiut, informou o governador Keshk ao site do jornal estatal Al-Ahram.

A falta de segurança na rede ferroviária resulta, em grande parte, da falta de manutenção e de uma má gestão. Na pior tragédia ferroviária no país, os corpos de mais de 360 pessoas foram resgatados de um trem após um incêndio em 2002.

Keshk ordenou a formação de uma comissão de inquérito para investigar o acidente deste sábado, mas em tragédias semelhantes do passado estes painéis fizeram pouco para lançar luz sobre os detalhes, e menos ainda para apontar culpados.

Os egípcios se queixam há muito tempo que o governo não é capaz de lidar com os problemas de transporte crônicos do país, com estradas em condições tão ruins quanto as linhas ferroviárias.

No início deste mês, cinco pessoas morreram e dezenas ficaram feridas quando dois trens colidiram na província de Fayyum, a sudoeste do Cairo.

Um mês antes, 28 policiais faleceram na península do Sinai quando o motorista do ônibus perdeu o controle da direção.


da no incêndio de um trem.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação