Agência France-Presse
postado em 17/11/2012 09:42
A Organização da Cooperação Islâmica (OCI) pediu neste sábado em Djibuti aos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que salvem de um genocídio a minoria muçulmana rohingya de Mianmar, considerada uma das mais perseguidas do mundo.Por ocasião da histórica visita do presidente americano, Barack Obama, na próxima segunda-feira a Yangun, "esperamos dos Estados Unidos que levem uma mensagem forte ao governo de Mianmar para que proteja esta minoria", declarou Mahamud Ali Yussuf, ministro de Relações Exteriores do Djibuti e presidente em exercício da OCI.
Yangun recusou em meados de outubro a abertura de uma representação da OCI em Mianmar, onde a violência entre budistas da etnia rakhine e muçulmanos rohingya deixaram ao menos 90 mortos em três meses no oeste do país e onde as forças de segurança são acusadas de abusos contra esta minoria.
"O que acontece lá é um genocídio", considerou Ali Yussuf em uma coletiva de imprensa após uma reunião dos chefes da diplomacia dos países membros da OCI em Djibuti.
"Pensamos que os Estados Unidos e os outros membros permanente do Conselho de Segurança da ONU (...) devem agir rapidamente para salvar esta minoria, submetida a uma política opressora e a um genocídio", acrescentou.