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Obama inicia na Tailândia sua primeira viagem depois de reeleito



Em Yangun, Obama deve se reunir com seu colega Thein Sein, que multiplicou as reformas depois da dissolução da junta militar em março de 2011, e com a opositora Aung San Suu Kyi, cuja nova condição de deputada é um dos símbolos das espetaculares mudanças ocorridas no país.

[SAIBAMAIS]Em seguida, pronunciará um discurso na Universidade de Yangun, importante centro dos movimentos estudantis, em particular as manifestações pró-democráticas de 1988.

Depois de sua passagem por Mianmar, na noite de segunda-feira viajará para Phnom Penh, para participar em uma cúpula dos países do sudeste asiático, para depois voltar aos Estados Unidos.

Durante seu primeiro mandato, Obama considerou a região Ásia-Pacífico o eixo de sua diplomacia, o que se traduziu numa maior cooperação militar com Austrália, Tailândia e Vietnã, e na decisão de mobilizar a maior parte da frota americana no Oceano Pacífico até 2020.

Dentro desta lógica, escolheu o sudeste asiático para sua primeira viagem depois de sua reeleição em 6 de novembro. É, além disso, a quinta viagem ao continente desde que assumiu o cargo, em 2009, em um momento em que as ambições territoriais chinesas causam preocupação na região.

As relações com a Tailândia datam da Guerra da Coreia (1950-1953), embora, em 2006, um golpe de Estado militar tenha provocado a suspensão durante um ano das relações militares com Bangcoc.

"A Tailândia é o mais antigo aliado por tratado dos Estados Unidos, um aliado desde 1954 e associado-chave no sudeste asiático", destacou Ben Rhodes, conselheiro adjunto do presidente para a segurança.

"Este reequilíbrio asiático constituirá uma parte crucial do segundo mandato do presidente e de sua herança em termos de política estrangeira", acrescentou Rhodes.