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Ruanda pede 'diálogo político' após queda de grande cidade da RD Congo

Agência France-Presse
postado em 20/11/2012 16:47
Kigali - Ruanda pediu nesta terça-feira (20/11) um "diálogo político" na República Democrática do Congo (RDC), após a conquista de Goma, principal cidade do leste do país, pelo movimento rebelde M23, que Kigali é acusada pela ONU de apoiar.

"O que ocorreu hoje em Goma mostra claramente que a opção militar para solucionar esta crise fracassou e que o diálogo político é a única forma de resolver o conflito", afirmou a ministra ruandesa das Relações Exteriores, Louise Mushikiwabo, citada em um comunicado de seu governo.



O M23 havia exigido na segunda-feira "a abertura de negociações políticas diretas (...) estendidas à oposição política, à sociedade civil e à diáspora congolesa", o que o presidente congolês, Joseph Kabila, rejeitou imediatamente.

A ONU acusou Ruanda e Uganda de apoiarem militarmente os rebeldes do M23 em sua luta contra o governo de Joseph Kabila e em seu avanço em direção a Goma, o que ambos os países negam categoricamente.

"Ao simplesmente apontar o dedo para supostos autores e ignorar as causas profundas do conflito na RDC, a comunidade internacional perdeu a oportunidade de ajudar a RDC a restaurar a paz e a segurança para os seus cidadãos", considerou Mushikiwabo.

"Ruanda está totalmente envolvida no processo de paz, sob os auspícios da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos e nós continuamos a trabalhar com os Estados membros tendo em vista uma paz global e duradoura na nesta região", prosseguiu a ministra, que participou nesta terça-feira de uma reunião ministerial desta organização regional em Kampala.

A Conferência propôs o envio de uma força de vários milhares de soldados para neutralizar as várias milícias, incluindo o M23, no leste da RDC, mas não conseguiu avançar concretamente em um plano específico.

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