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Hillary se reúne em Jerusalém com o primeiro-ministro israelense

Agência France-Presse
postado em 21/11/2012 12:34
A secretária de Estado dos Estados Unidos se encontrou com o premiê Benjamin Netanyahu para tratar sobre o acordo de cessar-fogo com a Palestina. Pela tarde, Hillary deve se reunir com o presidente do Egito, Mohamed Mursi
Jerusalém - Um atentado contra um ônibus deixou ao menos 17 feridos no centro de Tel Aviv, no momento em que a secretária Estado americana se reunia em Jerusalém com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

"Houve aparentemente uma explosão em um ônibus em Tel Aviv. As circunstâncias ainda são desconhecidas", indicou o porta-voz da polícia, Louba Samri. "Uma bomba explodiu em um ônibus no centro de Tel Aviv. Trata-se de um ataque terrorista", afirmou um porta-voz do governo. A explosão ocorreu próximo ao Ministério da Defesa israelense, localizado em Tel Aviv.

É o primeiro atentado contra a rede de transportes públicos israelense desde março de 2011, quando uma bomba explodiu perto da principal rodoviária de Jerusalém, causando uma morte e deixando 30 feridos. "Estes ataques contra civis inocentes israelenses são escandalosos", declarou a Casa Branca em um comunicado, no qual reitera seu "compromisso com a segurança de Israel e nossa profunda amizade e solidariedade com o povo israelense".

Em Gaza, jornalistas testemunharam comemorações após o anúncio da explosão. "Deus é grande, Deus é grande. Um ataque no coração da entidade sionista", dizia uma mensagem difundida pelos auto-falantes instalados na fachada da mesquita em frente ao hospital de Shifa. Nos campos de refugiados palestinos no Líbano, entre eles os campos de Nahr al-Bared e de Ain el-Héloué, também houve comemorações.

[SAIBAMAIS]Minutos depois do ataque, a televisão pública israelense transmitiu imagens de paramédicos socorrendo os feridos na calçada. Segundo imagens exibidas pelo canal privado Channel 2, as janelas do ônibus explodiram. A polícia estabeleceu um perímetro de segurança em torno do veículo. No mesmo momento, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, estava reunida com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.



Desde que Israel lançou a operação "Pilar de defesa" contra Gaza, na quarta-feira passada, 146 palestinos foram assassinados e mais de mil ficaram feridos. Cinco israelenses, entre eles um soldado, morreram em ataques com foguetes disparados do território palestino. O Exército israelense afirmou que durante à noite atingiu "mais de 100 locais terroristas" na Faixa de Gaza. Um porta-voz militar declarou que desde a meia-noite, 12 foguetes disparados a partir de Gaza caíram no sul de Israel e outros sete foram interceptados. Há uma semana, 830 foguetes caíram em Israel e 390 foram destruídos pelo sistema de defesa antimísseis "Domo de Ferro".

Egito, "a chave de tudo"

Na terça-feira (20/11) à noite, Hillary afirmou ser "essencial (obter) uma redução da escalada em Gaza", após manifestado a Netanyahu o compromisso "inabalável" dos Estados Unidos na segurança de Israel. A secretária de Estado se reuniu nesta quarta-feira na Cisjordânia com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, que declarou, segundo o mediador Saeb Erakat, que o Egito é "a chave de tudo" na resolução do conflito.

Hillary viaja depois para o Cairo, onde se reunirá durante a tarde com o presidente egípcio Mohamed Mursi, envolvido nas discussões sobre uma trégua no conflito. A secretária de Estado americana se encontrará ainda com o chefe da diplomacia egípcia, Mohamed Kamel Amr, antes de se reunir com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi. Também em visita à Israel e aos territórios palestinos, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou para um cessar "imediato" dos disparos de foguetes palestinos contra as aglomerações urbanas israelenses, insistindo que era o momento da diplomacia e do fim da violência.

Após um encontro com o secretário-geral da ONU, Mahmud Abbas afirmou ser o líder de todos os palestinos, durante uma coletiva de imprensa. "Sou responsável por todos os palestinos, incluindo aqueles que pertencem ao Hamas, à Jihad Islâmica e outros grupos", declarou. Segundo uma fonte da Presidência egípcia, o presidente Mursi disse terça-feira à noite que espera uma trégua imediata. Vários membros do governo egípcio e do Hamas afirmaram que esperam uma resposta de Israel a uma proposta de cessar-fogo do Cairo.

Já o porta-voz do presidente israelense, Mark Regev, afirmou nesta quarta que "a diplomacia continua em andamento". "Ainda não abandonamos a esperança de alcançar uma solução a longo prazo por via diplomática", acrescentou. Segundo a rádio estatal israelense, a trégua temporária deve ser o prelúdio de um cessar-fogo duradouro, em que os beligerantes se comprometem a pôr fim aos ataques e disparos de foguetes. Além disso, um mecanismo de monitoramento será lançado pelo Egito.

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