postado em 23/11/2012 09:24
Ao embarcar nessa quinta-feira (22/11) de Paris, na França, para Salvador, na Bahia, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, elogiou a trégua entre o Hamas e Israel, encerrando oito dias de ataques mútuos. O chanceler disse que é fundamental que a comunidade internacional ;pressione; para a retomada do debate sobre o tema e defendeu o direito de os palestinos terem um Estado independente.;O importante é que, além da trégua, seja retomado o processo de paz porque é uma situação insustentável essa tensão permanente entre israelenses e palestinos. Há uma série de aspectos que devem ser revistos;, disse Patriota, que participa nesta sexta-feira (23/11) em Salvador do seminário Mercosul: Novas Perspectivas. ;O importante é um acordo que seja capaz de viabilizar dois Estados [da Palestina e de Israel], é para isso que estamos trabalhando. Manifestamos também apoio ao Estado palestino, [ao pleito] de conquistar o status de Estado observador nas Nações Unidas;, completou.
Para o chanceler, houve uma ;paralisia, de certa forma;, por parte do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em meio à crise que ocorreu na região da Faixa de Gaza. Ele destacou, porém, o empenho do governo do Egito em mediar a paz. ;O governo [brasileiro] viu com grande preocupação ódios desse tipo que refletem também a ausência de progresso no processo de paz no Oriente Médio;, disse Patriota. ;O governo viu com preocupação o uso desproporcional da força.;
[SAIBAMAIS]O emissário do Brasil para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto, acrescentou que o acordo de cessar-fogo é ;provisório; e representa apenas a ;primeira etapa; de um longo processo em busca da paz na região. Segundo ele, a próxima fase é política e de negociações intensas.
;Será fundamental discutir o fim do cerco que há à Faixa de Gaza, por exemplo;, disse Melantonio Neto, referindo-se à presença ostensiva das Forças Armadas de Israel na região, exceto em uma saída que é a que segue em direção ao Egito. ;Esta é uma crise que só produz mortos e feridos de ambos os lados.;