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Rebeldes sírios avançam sobre Aeroporto de Damasco

Agência France-Presse
postado em 24/11/2012 18:24
Damasco - Os rebeldes sírios avançavam neste sábado sobre o Aeroporto de Damasco e a base aérea de Mark el Soltane, a 15 km da capital, em meio a um intenso combate contra as tropas do regime, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), acrescentando que 12 soldados foram capturados.

Os combates também prosseguem em Qadam e Tadamun, dois bairros pobres do sul de Damasco onde os rebeldes tentam tomar o controle, segundo o OSDH.

Na outra grande cidade do país, Aleppo (norte) -- ainda objeto de disputa após cinco meses de guerrilha urbana - os combates são acirrados, revelou o OSDH, uma ONG com sede na Grã-Bretanha que recorre para suas informações a uma rede de militantes e médicos na Síria.

Na província de Aleppo, os rebeldes preparavam o assalto final à base do Exército de Sheikh Suleimán. "A queda é uma questão de dias e quando ocorrer, todo o oeste de Aleppo estará liberado, e toda província ficará livre em 45 dias", disse ao OSDH Sheikh Taufik, um líder local.

Na sexta-feira, uma centena de pessoas morreu pelos enfrentamentos no país, onde o conflito já deixou, segundo esta ONGm, mais de 40.000 mortos em 20 meses.

Nas últimas semanas, os rebeldes ganharam terreno no leste, expulsando o Exército de um importante setor próximo ao Iraque, onde controlam uma ampla zona igualmente próxima à fronteira com a Turquia nas províncias de Aleppo e Idleb.

No plano diplomático, o chefe do Parlamento iraniano, Ali Larijani, é esperado na Turquia, um dia depois de ter se encontrado com o presidente sírio Bashar Al-Assad em Damasco.

Damasco e seus dois principais aliados - Rússia e Irã - condenaram duramente na sexta-feira uma eventual instalação de mísseis Patriot na Turquia perto do território sírio, mas a Otan garantiu que se trata de uma medida "unicamente defensiva".

Em visita a Damasco, o presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, alertou a oposição síria, assim como Qatar e Arábia Saudita, para qualquer ação "aventureira" na Síria, onde os rebeldes islamitas e combatentes curdos se preparavam para uma guerra aberta no norte do país.

Reagindo pela primeira vez ao pedido turco feito à Otan para que a organização desloque mísseis Patriot, Damasco considerou que Ancara é responsável "pela militarização da situação na fronteira", acusando seu vizinho "de armar, treinar e infiltrar milhares de terroristas" em seu território.

Este deslocamento de mísseis também suscitou o descontentamento da Rússia. "Quanto mais armas acumulamos, maior o risco de elas serem utilizadas", considerou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

O Irã seguiu no mesmo sentido. "Esta ajuda não resolve a situação na Síria, mas só a agrava ainda mais", declarou o porta-voz do Ministério iraniano das Relações Exteriores, Ramon Mehmanparast.

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