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Saída do ministro da Defesa de Israel deve dar mais poder aos direitistas

Renata Tranches
postado em 27/11/2012 08:24
Único político centrista no governo de direita do premiê Benjamin Netanyahu, o ministro de Defesa, Ehud Barak, anunciou ontem sua saída da vida política a menos de dois meses das eleições legislativas. Ele permanecerá no cargo até a formação do próximo gabinete. Especialistas e jornais israelenses afirmam que sua ausência abrirá caminho para uma política externa ainda mais direitista. O anúncio foi feito no mesmo dia em que delegações de Israel e do movimento fundamentalista islâmico Hamas iniciaram negociações indiretas no Cairo (Egito) sobre o bloqueio de Gaza. As conversações ocorrem pouco depois do fim do conflito entre as forças israelenses e os militantes e a quatro dias da apreciação do pedido do presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmud Abbas, para a adesão como Estado observador das Nações Unidas.

Com várias condecorações militares, Barak alegou motivos pessoais para a aposentadoria. ;Sinto que esgotei minha atividade política, que nunca foi um objeto de desejo para mim. Há muitas outras maneiras para servir ao país, não apenas pela política;, afirmou, em um pronunciamento na tevê. Outro motivo especulado pela mídia israelense foi o de se evitar um vexame político. Pesquisas previram que seu partido Hatzmaout, um parceiro de centro minoritário no governo de direita, levaria, no máximo, quatro das 120 cadeiras na Knesset (Parlamento israelense).



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