Beirute - Violentos combates foram travados na madrugada desta sexta-feira entre soldados e rebeldes nas imediações do aeroporto internacional de Damasco, afirmou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
No entanto, uma fonte que trabalha no aeroporto informou à AFP que o tráfego aéreo não foi afetado e que os passageiros embarcavam sem problemas.
Na noite de quinta-feira, o ministério sírio da Informação, citado pela emissora de televisão oficial, afirmou que a estrada que leva ao aeroporto, fechada desde a manhã de quinta-feira devido aos combates, teve a segurança garantida pelas "forças competentes".
"O lado oeste da estrada do aeroporto foi liberado, assim como uma pequena parte do lado leste, o que permite aos viajantes passar por ela", declarou nesta sexta-feira à AFP uma fonte dos serviços de segurança.
"Mas o mais difícil ainda está por vir. O exército quer o controle do lado leste, onde se encontram milhares de terroristas, e isso deve demorar vários dias", completou a fonte. Na terminologia do regime, o termo "terroristas" significa rebeldes.
Os Comitês locais de coordenação (LCC), que organizam a contestação do regime em terra, afirmaram que ocorreram combates perto da pista oeste do aeroporto e que os rebeldes bombardearam um quartel militar em Haran al-Aouamid, encarregado de proteger o aeroporto, tomando assim um pequena parte do local.
Essas informações não puderam ser confirmadas por outras fontes.
De acordo com a OSDH, dois funcionários da aviação civil foram mortos na quinta-feira no ônibus que transportava os trabalhadores, e o exército bombardeou zonas residenciais ao longo da estrada entre Damasco e o aeroporto, situado 27 km a sudeste da capital.
Na quinta-feira, os episódios de violência deixaram 108 mortos - 41 soldados, 47 civis e 20 rebeldes -- por todo o país, segundo o OSDH, uma organização com sede no Reino Unido e que possui uma rede de militantes e de fontes médicas civis e militares.