Os estudantes brasileiros que conseguiram uma bolsa para cursar parte da graduação em Portugal, por meio do Programa Ciência sem Fronteira, começaram a chegar ao país em setembro, pouco antes do início do outono no Hemisfério Norte e da queda da temperatura na região. Atualmente, os termômetros em Lisboa têm marcado em torno de 10 graus Celsius (;C).
A temperatura deverá cair ainda mais nos próximos dois meses com a chegada do inverno. ;É um vento gelado e o sol não esquenta;, descreve Aline Pacheco Albuquerque, que estuda química industrial na Universidade Estadual da Paraíba (Campina Grande) e é bolsista na Universidade de Lisboa.
O frio também incomoda Jéssika Hirata, que cursa engenharia civil na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e se prepara para o inverno em Coimbra. ;Já sinto saudade de temperaturas mais altas, mas não daquele calor de Cuiabá;, diz. A maior preocupação da estudante, no entanto, não é a mudança de clima, mas de alimentação. ;A comida é muito diferente.;
Estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e bolsista na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Gabriel dos Passos Gomes disse à Agência Brasil que não sentirá falta do verão carioca, com temperaturas de até 40 ;C, mas reclama da falta de feijão na dieta portuguesa.
Além do feijão com arroz, Aline Pacheco Albuquerque, aluna da Universidade Estadual da Paraíba, sente falta da carne bovina. ;Aqui eles comem mais peixe e carne de porco;, descreve.
O Brasil é o maior produtor e exportador de carne do mundo, enquanto Portugal tem o bacalhau como um dos símbolos da sua gastronomia.