Montevideu - Cerca de 5.000 pessoas assinaram neste sábado, em Montevidéu, a campanha para impulsionar um referendo sobre a lei, aprovada em outubro pelo Congresso uruguaio, que descriminaliza o aborto nas primeiras 12 semanas de gestação, disseram à AFP os organizadores da campanha.
"A campanha começou há vários dias, mas hoje tivemos um dia de coleta de assinaturas mais longo, com cerca de 30 mesas instaladas em pontos chaves de Montevidéu, e temos uma estimativa inicial de que hoje superamos as 5.000 assinaturas", contou à AFP Pablo Abdala, deputado do opositor Partido Nacional e um dos defensores da medida.
A lei - já regulamentada pelo Poder Executivo - transformou o Uruguai no segundo país da América Latina a descriminalizar o aborto.
A lei permite a interrupção da gravidez nas 12 primeiras semanas de gestação, se a mulher consultar uma equipe interdisciplinar e refletir por pelo menos cinco dias antes do procedimento.
Os organizadores da campanha têm até 22 de março de 2013 para reunir 52.000 assinaturas - 2% do total de habitantes - para conseguir que a Corte Eleitoral realize um referendo no próximo ano.
Por outro lado, organizações "pró-vida" recolhem assinaturas para pressionar os futuros candidatos a cargos políticos a apoiar uma revogação parlamentar.