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Ocupação israelense em área estratégica tornaria Estado palestino inviável

Agência France-Presse
postado em 03/12/2012 14:36
Jerusalem - O projeto de novos assentamentos israelenses na zona chamada E1, que uniria Jerusalém Oriental à colônia Maale Adumim, é muito controverso porque cortaria a Cisjordânia em duas e isolaria Jerusalém, comprometendo a viabilidade de um futuro Estado palestino.

Para Israel, o objetivo é dar uma "continuidade territorial" entre a colônia Maale Adumim na Cisjordânia, onde vivem cerca de 35 mil pessoas, e os bairros de colonização de Jerusalém Oriental, ocupada e anexada desde 1967.

A zona E1 (;Leste 1") é um corredor de uma superfície de 12 km2 entre Jerusalém e Jericó, no vale do Jordão. Uma parte das terras pertence a proprietários palestinos e a outra é composta de "terras municipais".

Em um primeiro momento, Israel queria transferir a esta zona o quartel-general da Polícia para a Cisjordânia e construir cerca de 3.500 casas e um centro comercial.



O projeto foi congelado em setembro de 2005 por pressão da administração do presidente americano da época, George W. Bush. Benjamin Netanyahu, então ministro das Finanças, viajou ao local.

Em março de 2009, quando Netanyahu se tornou primeiro-ministro de um governo de coalizão com o partido ultranacionalista Israel Beiteniu, a rádio militar informou sobre um acordo verbal para a extensão do setor E1 entre os dois partidos.

Na semana passada, Netanyahu anunciou a retomada da construção das colônias, incluindo o projeto E1, logo depois da a Palestina ter obtido na quinta-feira o status de Estado observador não membro da ONU. O governo não informou uma data para o início das construções, mas o anúncio provocou uma onda de indignação internacional.

Caso se concretize, o projeto de construções no E1 irá desferir "um golpe quase fatal nas últimas chances de garantir uma solução com dois Estados", afirmou no domingo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

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