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Obama e Otan aumentam pressão internacional sobre a Síria

Agência France-Presse
postado em 04/12/2012 11:44
BRUXELAS - A Otan se dispõe nesta terça-feira (4/12) a autorizar o posicionamento de mísseis Patriot para proteger a Turquia de possíveis ataques da Síria e advertiu que uma eventual utilização de armas químicas por parte do regime de Bashar al Assad será algo totalmente inaceitável para a comunidade internacional".

"Uma eventual utilização de armas químicas seria totalmente inaceitável para a comunidade internacional. Eu espero uma reação imediata da comunidade internacional se for o caso", declarou o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen antes de uma reunião de ministros das Relações Exteriores dos países da Otan em Bruxelas.

O presidente Barack Obama também advertiu na segunda-feira (3/12) o líder sírio sobre o emprego de armas químicas, o que seria um "erro trágico com sérias consequências". "Hoje quero dizer muito claramente a Assad e aos que obedecem suas ordens que o mundo inteiro os observa. Recorrer às armas químicas é e seria totalmente inaceitável", disse Obama em Washington. "Se você cometer o trágico erro de utilizar estas armas, haverá consequências e você responderá por elas. Não podemos permitir que o século XXI seja obscurecido pelas piores armas do século XX", destacou Obama.

"Seguiremos apoiando as legítimas aspirações dos sírios, colaboraremos com a oposição, brindaremos ajuda humanitária e trabalharemos por uma transição para a Síria livre do regime de Assad".



Um funcionário americano afirmou na segunda-feira (3/12) que Damasco está misturando os componentes necessários para um uso militar do gás sarin, que provoca primeiro uma paralisia completa e depois a morte. O gás sarin, utilizado em ataques terroristas no Japão na década de 90, é um agente que afeta o sistema nervoso causando convulsões, insuficiência respiratória e até a morte.

A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, também advertiu na segunda-feira que se o regime de Assad utilizar armas químicas cruzará a "linha vermelha". Damasco desmente qualquer ação neste sentido.

Rasmussen também indicou que espera uma resposta favorável dos ministros à demanda da Turquia de mobilizar mísseis Patriot perto de sua fronteira com a Síria. "Espero que o Conselho de Ministros decida nesta tarde reforçar as capacidades de defesa aérea da Turquia (...) para garantir a proteção da população e do território turco", disse perante a imprensa.

"A situação na fronteira sudeste da Otan é uma fonte de grande inquietação. A Turquia pediu o apoio da Aliança. E nós somos totalmente solidários com a Turquia", disse. Rasmussen informou que a mobilização dos mísseis Patriot por parte dos três países da Otan que os possuem - Estados Unidos, Alemanha e Holanda - pode se tornar efetivo em alguma semanas.

Seu objetivo, reiterou, será "totalmente defensivo" e "não será de nenhuma forma uma maneira de promover uma zona de exclusão aérea ou uma operação ofensiva". Se for dado o sinal verde, os três países da Otan que possuem mísseis Patriot - Estados Unidos, Alemanha e Holanda - decidirão o número de baterias, a data e a duração de seu posicionamento.

Devido aos prazos necessários, vinculados à aprovação parlamentar na Alemanha, os Patriot poderão estar operacionais durante o primeiro trimestre de 2013, destacou um diplomata.

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