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Chanceler alemã recebe apoio de seu partido e lança campanha eleitoral

Agência France-Presse
postado em 04/12/2012 16:10
Hanover - Angela Merkel lançou nesta terça-feira sua candidatura para um terceiro mandato como chanceler da Alemanha nas legislativas de 2013 com uma reeleição triunfal à frente da União Cristã Democrata (CDU) e com a promessa de proteger o país da crise econômica que aflige a Europa.

Reunidos em um congresso em Hanover (norte), os delegados do partido conservador a reelegeram como presidente da CDU com um resultado espetacular (97,94% dos votos), o melhor nos doze anos em que está à frente do grupo. "Estou de boca aberta, emocionada", afirmou a chanceler, aplaudida após o anúncio do resultado. "Temos muito a fazer" antes das eleições legislativas de 22 de setembro de 2013, considerou.

Pouco antes, em um discurso de uma hora diante dos delegados, a chanceler, no cargo desde 2005, fez um balanço de sua gestão e se apresentou como uma personalidade providencial diante da crise econômica. "Este governo é o melhor governo federal desde a Reunificação", em 1990, afirmou. "Às vezes entramos em um mar agitado", afirmou, referindo-se à crise. A líder conservadora destacou que as perspectivas de crescimento não são tão boas como se previa para o próximo ano.

Mas "enquanto outros países da Europa estão em recessão, nós somos o motor do crescimento na Europa", insistiu. "Tudo isso não caiu do céu (...), podemos ficar orgulhosos" da ação governamental, afirmou. A chanceler lembrou que a Alemanha tem atualmente "a taxa mais baixa de desemprego" e "uma das menores taxas de desocupação dos jovens da Europa". "Tiramos a Alemanha da crise mais forte do que estava quando entrou nela", destacou. No entanto, "a crise não pode ser resolvida em uma noite, já que não foi gerada em uma noite", assegurou.

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Angela Merkel, a personalidade preferida dos alemães, ressaltou os pontos positivos de seu balanço: um alto nível de criação de emprego e de investimento em pesquisa e educação, assim como o abandono da energia nuclear, entre outras ações. A chanceler, que quer manter este rumo, reiterou sua vontade de manter a aliança com os liberais após as próximas eleições legislativas. "Nenhuma outra coalizão pode levar nosso país para um bom futuro", proclamou.

Em contraste com a alta popularidade de Merkel, sem precedentes para um líder alemão desde a Segunda Guerra Mundial, seu aliado liberal no governo (FDP) está estagnado.

Nas pesquisas, a CDU e o FDP não dispõem atualmente da maioria necessária para renovar sua coalizão. Segundo as pesquisas, os conservadores obteriam entre 37% e 39% dos votos. Os liberais, com apenas 4% das intenções de voto, podem não alcançar o mínimo de 5% necessário para entrar no Bundestag (Parlamento federal).

Desde as eleições legislativas de 2009, a coalizão governamental acumulou derrotas nas eleições regionais, perdendo, entre outros, um reduto histórico (Bade-Wurtemberg) e caindo na Renânia do Norte-Westfália.

A coalizão já não possui a maioria no Bundesrat (Câmara alta do Parlamento), o que dificulta a adoção de alguns projetos de lei.

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