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Colômbia inaugura site para propostas cidadãs sobre processo de paz

Agência France-Presse
postado em 07/12/2012 13:46
Bogtá - O site oficial dos diálogos de paz entre o governo da Colômbia e a guerrilha das Farc entrou em operação nesta sexta-feira (7/12) com o objetivo de difundir informações sobre o processo e recolher propostas da sociedade civil.

O site, principal iniciativa para a participação dos colombianos nos diálogos de paz, permite enviar à mesa de negociações instalada em Havana (Cuba) propostas sobre os pontos da agenda e outros comentários, além da consulta de documentos e comunicados, alguns deles traduzidos em idiomas indígenas. Mais de 2.600 propostas já havia sido recebidas pelo site até as 10h local.

A ideia é que as propostas sejam "racionais, curtas, realistas, para que realmente sirvam de insumo nas mesas para que possamos chegar a estes acordos de paz", pediu nesta sexta-feira o presidente Juan Manuel Santos através de seu programa de rádio semanal. O presidente pediu que, num primeiro momento, as iniciativas se concentrem na questão agrária, o primeiro ponto da agenda de negociações.

Os delegados do governo da Colômbia e da guerrilha das Farc retomaram na quarta-feira suas negociações em Havana após um recesso de cinco dias, com um apelo dos rebeldes para que toda a sociedade colombiana participe deste processo para garantir uma "paz duradoura".

[SAIBAMAIS]Os diálogos de paz de Havana, que tiveram sua primeira rodada entre 19 e 29 de novembro, tentam pôr fim a um conflito armado de quase meio século. Tanto o governo como a guerrilha consideraram que houve avanços na primeira rodada. O próprio Santos afirmou que o primeiro encontro foi "positivo", mas advertiu que as negociações devem terminar em novembro de 2013, no máximo.



As negociações foram realizadas até agora em torno do complexo tema agrário, primeiro ponto da agenda e causa do conflito que levou em 1964 à criação das Farc, que atualmente contam com cerca de 9.200 combatentes. A agenda inclui outros quatro pontos: drogas ilícitas, participação política, abandono das armas e reparação às vítimas. O conflito colombiano, o mais antigo da América Latina, causou cerca de 600.000 mortes, deixando 15.000 desaparecidos e quatro milhões de deslocados, segundo dados oficiais.

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