Agência France-Presse
postado em 08/12/2012 09:00
Beirute - Os bairros do sul da capital síria eram bombardeados neste sábado pelas forças do regime, enquanto durante a noite foram registrados combates na província de Damasco, região onde os confrontos se concentram agora, informou uma ONG síria e militantes. "Ocorreram confrontos entre forças do regime e combatentes rebeldes na noite de sexta-feira na cidade de Yabrud e foram feitos disparos de obuses contra esta cidade", 7 quilômetros ao sul de Damasco, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).Durante a madrugada, ocorreram novamente bombardeios nos bairros do sul da capital, indicaram os Comitês Locais de Coordenação, que organizam pacificamente a mobilização em terra, e que informaram sobre confrontos no bairro de Qadam (sul) e na estrada do sul.
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Já os meios de comunicação oficiais sírios informaram que o exército continuava "perseguindo os terroristas da Frente al-Nosra, vinculada à rede Al-Qaeda, matando dezenas deles e destruindo seus esconderijos" em várias regiões da Síria, em particular na localidade de al-Hussynié, perto da estrada que leva ao aeroporto de Damasco.
[SAIBAMAIS]Por sua vez, durante a noite, a cidade de Rastan, na província de Homs, no centro do país, foi alvo de "bombardeios violentos, que deixaram muitos feridos e destruíram casas", segundo os CLC.
Há meses, as forças do regime de Bashar al-Assad atacam as cidades de Rastan, Qusseir e Talbisa, fortalezas do Exército Sírio Livre (ESL) e que são regularmente bombardeadas.
Na sexta-feira, 72 pessoas, 34 combatentes rebeldes, 22 civis e 16 membros das forças do regime morreram pela violência no país, segundo o OSDH, organização com sede na Grã-Bretanha que obtém suas informações de uma rede de militantes e médicos civis e militares.
Como em todas as sextas-feiras desde março de 2011, milhares de sírios protestaram contra o regime, em uma mobilização que nesta semana tinha como lema "Não às forças de paz na Síria", uma ideia levantada pelo emissário internacional para a Síria Lakhdar Brahimi e que os rebeldes temem que possa privá-los de uma vitória.
Desde o início da crise na Síria, mais de 42 mil pessoas já morreram, segundo um balanço do OSDH.