Agência France-Presse
postado em 08/12/2012 09:57
Manama - O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, advertiu o regime sírio contra o uso de armas químicas e biológicas e assegurou que seu país, embora favoreça o diálogo para colocar fim ao conflito sírio, não exclui uma intervenção militar. "Estamos muito preocupados pelos arsenais de armas químicas e biológicas e pelas informações que indicam que o regime pode utilizá-las", declarou Hague a um grupo de jornalistas em Manama, onde participa de um fórum sobre segurança regional. "Enviamos, junto com os Estados Unidos, uma mensagem (...) ao regime" contra todo o uso de armas químicas.Hague assegurou que foram "elaborados planos de emergência" caso o regime de Damasco recorra a estas armas, embora tenha se negado a dar mais detalhes. Interrogado sobre a possibilidade de que seu país participe de uma intervenção militar, respondeu que o governo britânico "nunca descartou nenhuma opção", embora siga "apoiando uma transição pacífica".
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[SAIBAMAIS]Também lembrou que não está incluída na política britânica a ação de fornecer armas à oposição síria ou a nenhuma outra no Oriente Médio, embora envie ajuda por meio de "equipamentos de comunicação" e assistência humanitária.
A comunidade internacional multiplicou nos últimos dias as advertências ao regime de Bashar al-Assad contra o uso de armas químicas depois que autoridades americanas informaram que o exército sírio teria carregado bombas com gás sarin que seriam lançadas a partir de aviões.
A Síria disse que nunca utilizaria este tipo de armas caso as possuísse, embora Moscou, seu grande aliado, tenha reconhecido implicitamente sua existência ao assegurar que "estão sob controle estrito".
A Síria vive desde meados de março de 2011 uma revolta popular contra o regime de Assad que se militarizou. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), o conflito já deixou mais de 42 mil mortos no país.