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Deputado lamenta que Israel não tenha matado Meshaal em sua visita a Gaza

Jerusalem - O opositor israelense Shaul Mofaz (centrista) lamentou no sábado (8/12), em um comunicado, que Israel não tenham matado Khaled Meshaal, durante a primeira visita do líder do Hamas no exílio à Faixa de Gaza.

"Devemos aproveitar a oportunidade para liquidar a cabeça da cobra. Meshaal merece a morte", afirma Mofaz, ex-ministro da Defesa e líder do partido centrista Kadima.

"Eu recomendo a ele fazer o quanto antes suas malas e sair de Gaza", acrescenta.

"Se Israel seguir enfraquecendo Abu Mazen (sobrenome de Mahmud Abbas, o presidente da Autoridade Palestina) e não tratar com mão de ferro o Hamas, em breve veremos Meshaal em Judéia e Samaria (Cisjordânia)", afirma.



Desde sexta-feira (7), Khaled Meshaal visita a Faixa de Gaza e é a primeira vez que se encontra em território palestino desde 1967. No sábado rejeitou renunciar ao conjunto da Palestina e a reconhecer o Estado de Israel, ao mesmo tempo em que convocou a unidade nacional palestina.

"A Palestina, do mar (Mediterrâneo) ao rio (Jordão), de norte a sul, é nossa terra e nossa nação, da qual não podemos ceder nem um ápice, nem uma parte", afirmou em um discurso em Gaza pelo 25; aniversário da fundação do Hamas.

Em setembro de 1997, Israel tentou assassinar Khaled Meshaal: cinco agentes israelenses que se faziam passar por turistas canadenses injetaram em Meshaal uma substância tóxica em uma rua de Amã. Diante da ira do rei da Jordânia, o governo israelense, já liderado por Benjamin Netanyahu, precisou apresentar desculpas públicas e entregar o antídoto.