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Republicanos esperam movimentos de Obama sobre 'abismo fiscal'

Agência France-Presse
postado em 11/12/2012 19:26
Washington - O líder dos republicanos no Congresso pediu novamente, nesta terça-feira (11/12), ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que revele os cortes do gasto federal com os quais estaria de acordo para evitar o "abismo fiscal".

A apenas três semanas da entrada em vigor de uma série de aumentos de impostos e profundos cortes dos gastos, o presidente da Câmara de Deputados, John Boehner, disse que estava otimista para chegar a um acordo com a Casa Branca, apesar de insistir que Obama tinha que "levar a sério" e se comprometer com seus opositores.

"Ainda estamos esperando que a Casa Branca identifique que cortes dos gastos o presidente está disposto a fazer como parte da aproximação equilibrada que prometeu aos cidadãos norte-americanos", disse Boehner.

"Onde estão os cortes de gastos do presidente?", perguntou, se referindo à proposta de Obama para diminuir uma dívida descontrolada devido ao aumento em 1,6 trilhão de dólares das novas receitas procedentes dos impostos.

"Quanto mais tempo a Casa Branca ampliar esse processo, mais nossa economia se aproximará do abismo fiscal", acrescentou.

Os democratas argumentaram que Obama apresentou um plano detalhado incluindo o aumento dos impostos para os 2% mais ricos da população norte-americana e o corte dos gastos, enquanto seus oponentes rejeitam traçar seus cortes de gastos, apesar de insistirem que esta é a prioridade em qualquer acordo antes do final do ano.



Obama e Boehner, os dois protagonistas desta complexa negociação, se reuniram domingo na Casa Branca para o que o líder republicano qualificou de diálogo cordial. Poucos detalhes desse encontro foram divulgados, embora Boehner tenha afirmado que continuava otimista.

Após as últimas semanas tudo parece apontar para que os democratas, reforçados por sua vitória na eleição de novembro, têm maior margem de ação sobre o tema dos impostos.

Enquanto isso, apesar da ortodoxia republicana se opor a novos impostos, uma quantidade crescente de legisladores do partido aceitaram publicamente que os impostos devem aumentar para alcançar as reduções requeridas do déficit.

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