postado em 14/12/2012 09:19
O referendo sobre a Constituição no Egito vai mobilizar amanhã (15/12) mais de 120 mil militares das Forças Armadas por determinação do governo do presidente egípcio, Mouhamed Mursi. Alvo de protestos críticos, Mursi se viu obrigado a revogar o decreto que ampliava seus poderes e a suspender o aumento de impostos dos produtos básicos. Mas o clima de tensão permanece no país.Os opositores do governo dizem que a nova Constituição não representa os anseios da população. Os aliados de Mursi negam. Em comunicado, divulgado hoje (14/12) pela agência estatal de notícias do Egito, Mena, o Exército disse que os homens farão a segurança dos colégios eleitorais e das instalações estratégicas em todas as províncias do país.
O Exército também vai colaborar com o Ministério do Interior egípcio, que será responsável pela segurança da votação. A ordem de Mursi é que os militares sejam mantidos nas ruas até 22 de dezembro. O presidente assinou um decreto que autoriza os militares a deter civis e colocá-los à disposição da Justiça. Segundo a ordem de Mursi, os militares devem trabalhar com a polícia na segurança do país até que se anuncie o resultado final do referendo.