Agência France-Presse
postado em 16/12/2012 17:27
Beirute - A aviação do regime sírio matou ao menos oito civis neste domingo (16/12) em um ataque contra o campo de refugiados palestinos de Yarmuk, sul de Damasco, bombardeado pela primeira vez em 21 meses de conflito, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
A organização, que tem uma ampla rede de ativistas e fontes médicas e civis no país, destacou que o balanço pode aumentar, pois muitos feridos estão em condição crítica.
Vários moradores afirmaram à AFP que um obus caiu sobre a mesquita Abdel Qader Huseini, refúgio de quase 600 desabrigados do bairros de Tadamun, Avenida Filastin e Hajar al Aswad. "Há muitas vítimas", afirmou Isam, um funcionário do local. Um vídeo realizado por militantes e baixado na Web mostra corpos ensanguentados diante da entrada da mesquita.
Segundo o OSDH, o Exército atacou os setores próximos ao campo no sul da capital, com seis incursões aéreas no bairro de Asali e sobre Hajar al-Aswad, no extremo sul de Damasco.
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De acordo com o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, os palestinos estão divididos sobre o conflito na Síria: alguns defendem os rebeldes e outros o regime.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, exigiu neste domingo o fim imediato dos bombardeios contra os campos de refugiados palestinos na Síria, ao lamentar o ataque contra Yarmuk. "Apelamos a todas as partes beligerantes na Síria para preservar a vida dos palestinos e seus campos", declarou Abbas em comunicado divulgado pela agência oficial palestina Wafa. "Os bombardeios contra os campos devem cessar imediatamente".
Yarmuk é o maior campo de refugiados palestinos da Síria e até o momento era considerado uma zona segura à margem do conflito sírio.
Um militante disse à AFP via Skype que o bombardeio ocorreu "porque o Exército Sírio Livre (ESL) avança sobre o campo" de refugiados após combates entre rebeldes e combatentes palestinos da Frente Popular para a Libertação da Palestina Ahmad Jibril (FPLP-CG), que apoia o regime sírio.
Os 500 mil palestinos que vivem na Síria, que durante algum tempo se mantiveram à margem da guerra civil deflagrada há 21 meses, se envolvem cada vez mais no conflito, apesar dos apelos do regime e das organizações internacionais de direitos humanos para que mantenham a neutralidade.
Os grupos palestinos estão divididos em torno do conflito e alguns, inclusive, combatem nos dois lados. Segundo militantes, os membros do FPLP-CG lutam com as tropas do regime de Bashar al Assad, enquanto membros do movimento islâmico Hamas apoiam os rebeldes na região de Damasco.
Neste domingo, a guerra civil na Síria deixou 52 mortos em todo o país, segundo o OSDH, incluindo 24 civis e oito rebeldes na região de Hama (centro).
A organização, que tem uma ampla rede de ativistas e fontes médicas e civis no país, destacou que o balanço pode aumentar, pois muitos feridos estão em condição crítica.
Vários moradores afirmaram à AFP que um obus caiu sobre a mesquita Abdel Qader Huseini, refúgio de quase 600 desabrigados do bairros de Tadamun, Avenida Filastin e Hajar al Aswad. "Há muitas vítimas", afirmou Isam, um funcionário do local. Um vídeo realizado por militantes e baixado na Web mostra corpos ensanguentados diante da entrada da mesquita.
Segundo o OSDH, o Exército atacou os setores próximos ao campo no sul da capital, com seis incursões aéreas no bairro de Asali e sobre Hajar al-Aswad, no extremo sul de Damasco.
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De acordo com o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, os palestinos estão divididos sobre o conflito na Síria: alguns defendem os rebeldes e outros o regime.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, exigiu neste domingo o fim imediato dos bombardeios contra os campos de refugiados palestinos na Síria, ao lamentar o ataque contra Yarmuk. "Apelamos a todas as partes beligerantes na Síria para preservar a vida dos palestinos e seus campos", declarou Abbas em comunicado divulgado pela agência oficial palestina Wafa. "Os bombardeios contra os campos devem cessar imediatamente".
Yarmuk é o maior campo de refugiados palestinos da Síria e até o momento era considerado uma zona segura à margem do conflito sírio.
Um militante disse à AFP via Skype que o bombardeio ocorreu "porque o Exército Sírio Livre (ESL) avança sobre o campo" de refugiados após combates entre rebeldes e combatentes palestinos da Frente Popular para a Libertação da Palestina Ahmad Jibril (FPLP-CG), que apoia o regime sírio.
Os 500 mil palestinos que vivem na Síria, que durante algum tempo se mantiveram à margem da guerra civil deflagrada há 21 meses, se envolvem cada vez mais no conflito, apesar dos apelos do regime e das organizações internacionais de direitos humanos para que mantenham a neutralidade.
Os grupos palestinos estão divididos em torno do conflito e alguns, inclusive, combatem nos dois lados. Segundo militantes, os membros do FPLP-CG lutam com as tropas do regime de Bashar al Assad, enquanto membros do movimento islâmico Hamas apoiam os rebeldes na região de Damasco.
Neste domingo, a guerra civil na Síria deixou 52 mortos em todo o país, segundo o OSDH, incluindo 24 civis e oito rebeldes na região de Hama (centro).