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Sacerdote maia preside cerimônia para marcar o inicio de nova era na sexta

Agência France-Presse
postado em 20/12/2012 18:17
México - Um grande sacerdote maia presidirá, ao amanhecer da sexta-feira 21 de dezembro, a cerimônia de acendimento do fogo novo para marcar o início da nova era, segundo a tradição da cultura maia, em um dos poços naturais de águas cristalinas, situados no leste do México e conhecidos como cenotes sagrados.

"A tradição maia diz que com o primeiro raio de sol se acende o novo fogo sagrado para receber a nova era", disse à AFP Noe Rodriguez, chefe do escritório de Fomento Turístico da cidade de Valladolid Yucatán, sudeste do México).

A cerimônia de acendimento do fogo novo será celebrada às 05h30 (locais, 09h30 de Brasília) no majestoso cenote sagrado de Zaci, que em maia significa "Gavião Branco", situado a algumas ruas do centro desta cidade do estado vizinho de Yucatán que, além de cenotes, abriga monumentos da época colonial espanhola e é vizinha de sítios arqueológicos como Chichén Itzá, a 40 km.


"Os cenotes são sagrados para os maias porque representam o início e o fim: sua profundidade escura é o inframundo, onde habitam os deuses, e o exterior, iluminado pela luz, nosso mundo, a vida", diz Miguel Tum, um ancião maia, promotor desta cultura.

O cenote de Zaci, com 28 metros de diâmetro e 20 de profundidade, é um dos maiores atrativos da região, com suas águas cristalinas, que caem pelas paredes da rocha, e adquirem um tom azul esverdeado ao se acumularem no fundo.

Ao meio-dia desta quinta-feira, alguns visitantes foram nadar e mergulhar neste cenote, enquanto membros da defesa civil examinavam o local para orquestrar uma operação para a madrugada de sexta-feira, quando se espera grande afluência de visitantes.

As ruas de Valladolid (com cerca de 50 mil habitantes) são visitadas por muitos turistas, a maioria estrangeiros, e segundo o departamento de turismo, os hotéis estão com ocupação máxima, algo incomum para esta época.

"De alguma forma, esta má interpretação do baktum 13 (unidade maia de 144 mil dias cada um) como um suposto fim do mundo despertou enorme interesse na cultura maia", admitiu Rodríguez.

Outras celebrações alusivas ao início de uma nova era serão organizadas em distritos do sudeste do México onde a cultura maia se desenvolveu, assim como em Guatemala, Honduras e El Salvador.

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