Agência France-Presse
postado em 20/12/2012 19:31
Madri - Centenas de ;indignados; protestaram na tarde desta quinta-feira (20/12), em Madri, com uma "marcha fúnebre" convocada para denunciar o Orçamento do Estado para 2013, aprovado pelos deputados há alguns metros no Congresso. "Estou indignada com a fraude que vão fazer com a Saúde, e que já estão fazendo com a Justiça, Educação e os salários", disse Ana Hernández, funcionária da Comunidade de Madri, de 53 anos.Em meio aos gritos de "não temos medo", os manifestantes avançaram lentamente pelo centro de Madri, alguns vestidos de negro e carregando velas para representar o luto do povo. "Estamos de luto pela aprovação do orçamento mais antisocial da história" da Espanha, disse Luis García, professor particular de 38 anos.
Vaiando as pessoas que passavam pela Gran Vía e aplaudindo os carros que buzinavam para apoiar a manifestação, os "indignados chegaram até as barreiras que protegem o Congresso dos Deputados. "Os próximos cortes serão com a guilhotina", ameaçavam vários manifestantes aos gritos de "justiça", "saúde pública" e "liberdade". Outro grupo de manifestantes protestava diante da Audiência Nacional contra o ex-diretor-gerente do FMI e ex-presidente do Bankia, Rodrigo Rato, que prestou depoimento nesta quinta-feira sobre a falência do banco.
Os deputados espanhóis aprovaram nesta quinta-feira o Orçamento para 2013, que prevê um corte de 39 bilhões de euros. Os ;indignados;, movimento nascido em maio de 2011 para denunciar a incapacidade dos responsáveis políticos para tirar a Espanha da crise, afirmam que este é o "Orçamento da dívida e da miséria".