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Relatório da ONU aponta que islâmicos foram arrastado para o conflito

postado em 21/12/2012 06:00
Investigadores da ONU alertam para a situação de minorias sírias que terão que fugir ou correm o risco de serem dizimadas

A comissão de investigadores da ONU sobre a Síria, presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, divulgou ontem um relatório sobre o conflito no país. Segundo o documento, a principal tensão envolve a comunidade alauita, a qual pertence o presidente sírio, Bashar al-Assad, e a comunidade sunita, além de outros povos que foram afetados desde o início da rebelião, em março do ano passado. "As outras minorias, como os armênios, os cristãos, os drusos, os palestinos e os turcomanos foram arrastados pelo conflito", informou a comissão, que também acrescentou que ;ataques e represálias levaram as comunidades a se armarem e serem armadas pelas partes do conflito;, o que resultou na criação de outros grupos armados. "A situação é tal que comunidades inteiras correm o risco de ter que fugir do país ou ser massacradas; por um dos dois lados.

Para fazer o relatório, os membros da comissão ouviram mais de mil depoimentos de testemunhas em países vizinhos da Síria, entre 28 de setembro e 16 de dezembro deste ano. O grupo recebeu informações sobre os crimes de guerra e contra a humanidade cometidos tanto pelas forças leais a Assad, quanto pelos insurgentes. Além disso, a comissão entregou ao Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos duas listas com os nomes dos responsáveis pelos crimes. ;A guerra de atrito que está sendo travado na Síria trouxe imensurável destruição e sofrimento humano para a população civil;, conclui o relatório.

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