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Estados Unidos lamentam proibição de americanos adotar crianças russas

Agência France-Presse
postado em 21/12/2012 18:09
Washington - A diplomacia americana lamentou nesta sexta-feira a proibição por lei para cidadãos americanos de adotarem crianças na Rússia.

Um porta-voz do departamento de Estado, Patrick Ventrell, manifestou preocupação pelo voto definitivo da câmara baixa do Parlamento russo (Duma) de uma lei que proíbe aos americanos de adotarem órfãos russos, julgando que "o bem estar das crianças era importante demais para ser prejudicado pelo aspecto político da relação" entre os dois países.

Aprovado pelos deputados com 420 votos a favor, 7 contra e uma abstenção, o texto é uma resposta o promulgação da lista "Magnitski" nos Estados Unidos. "O que isso fará é evitar que crianças cresçam em ambientes familiares de felicidade, amor e compreensão", declarou Ventrell.

"Essa era a premissa básica de nosso acordo bilateral de adoção. É algo no qual trabalhamos durante vários meses com os russos. Realmente serão as crianças russas que vão ser afetadas por esta medida", completou.



O texto, que ainda tem que ser aprovado pelo Conselho da Federação (câmara alta) e promulgado pelo presidente Vladimir Putin, leva o nome de Dima Iakovlev, um garoto russo falecido nos Estados Unidos em 2008 após ser esquecido num carro pela sua mãe adotiva em plena onda de calor no país.

O presidente americano Barack Obama promulgou nesta sexta-feira passada a "Lei Magnitski" que proíbe a entrada nos Estados Unidos de cidadãos russos implicados na morte, na prisão em 2009 em Moscou, do advogado russo Serguei Magnitski ou de outras violações dos direitos humanos. Além disso, também prevê a confiscação de seus bens.

Magnitski morreu em prisão preventiva, vítima de atos violentos e privado de atendimento médico. Tinha sido preso um ano antes após denunciar um grande escândalo financeiro organizado por membros do Ministério do Interior russo.

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