Agência France-Presse
postado em 22/12/2012 08:58
Cairo - As urnas de votação foram abertas na manhã deste sábado (22/12) no Egito para a segunda fase do referendo sobre o polêmico projeto de Constituição, que divide o país e que provocou novos confrontos ontem, informaram jornalistas da AFP. Filas se formaram em frente a várias escolas das 17 províncias que votam neste sábado antes do início da votação, pouco depois das 8h (4h no horário de Brasília).
De acordo com dados não oficiais, o "sim" venceu com quase 57% dos votos a primeira fase da votação, no sábado passado, o que sugere uma aprovação prévia do projeto de Constituição a nível nacional. Quase 25 milhões de pessoas foram chamadas a votar durante todo o dia. As urnas devem fechar às 19h00 (15h00 no horário de Brasília), mas na semana passada a comissão eleitoral estendeu a votação em quatro horas, até às 23h00.
De acordo com dados não oficiais, o "sim" venceu com quase 57% dos votos a primeira fase da votação, no sábado passado, o que sugere uma aprovação prévia do projeto de Constituição a nível nacional. Quase 25 milhões de pessoas foram chamadas a votar durante todo o dia. As urnas devem fechar às 19h00 (15h00 no horário de Brasília), mas na semana passada a comissão eleitoral estendeu a votação em quatro horas, até às 23h00.
A opção de dividir o país em duas zonas de votação foi tomada a fim de evitar o boicote de muitos juízes encarregados de supervisionar a eleição. Este referendo foi precedido por várias semanas de protestos que, ocasionalmente, degeneraram em confrontos entre opositores e partidários do presidente Mohamed Mursi e a Irmandade Muçulmana, que defendem a proposta de Constituição. Na sexta-feira, a violência entre pró e anti-Mursi causou dezenas de feridos na segunda maior cidade do Egito, Alexandria.
Para a presidência, a adoção de uma nova Constituição traria ao país uma estabilidade institucional, concluindo assim a transição tumultuada que vive o Egito desde a queda do presidente autocrata Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011. A oposição, que denunciou "fraudes e irregularidades" durante a primeira fase do referendo, acredita que o texto abre caminho para a islamização do país e que tem graves lacunas em termos de proteção das liberdades.
Para a presidência, a adoção de uma nova Constituição traria ao país uma estabilidade institucional, concluindo assim a transição tumultuada que vive o Egito desde a queda do presidente autocrata Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011. A oposição, que denunciou "fraudes e irregularidades" durante a primeira fase do referendo, acredita que o texto abre caminho para a islamização do país e que tem graves lacunas em termos de proteção das liberdades.