Mundo

Papa pede solução de paz para conflitos no mundo e respeito às religiões

Agência France-Presse
postado em 25/12/2012 09:37
Cidade do Vaticano - O Papa Bento XVI pediu nesta terça-feira, durante a sua tradicional bênção "Urbi et Orbi", o fim da violência na Síria, Nigéria e Quênia, além do respeito e valorização das religiões. Ele instou os envolvidos no conflito sírio a "deter o derramamento de sangue", a "facilitar o socorro" e "buscar uma solução política para o conflito". [SAIBAMAIS]O Papa lançou ainda vários apelos para soluções de paz na África, sobretudo na Nigéria e no Quênia, condenando os "sangrentos atentados que atingem a população civis e os locais de culto" nesses países. Leia mais notícias em Mundo Aos novos dirigentes chineses, Bento XVI pediu a valorização das religiões. O Cristo "olha para os novos líderes da República Popular da China para a alta carga que os espera. Espero que coloquem em valor a contribuição das religiões (...) de modo que possam contribuir para a construção de uma sociedade solidária", declarou. "Sim, que a paz germine para o povo sírio, profundamente ferido e dividido por um conflito que não poupa sequer os indefesos e ceifa a vida de vítimas inocentes", declarou o papa na Basílica de São Pedro, diante de milhares de fiéis reunidos sob um céu nublado na Praça de São Pedro. "Eu faço um apelo pelo fim do derramamento de sangue, que seja facilitado o socorro aos deslocados e refugiados e que, através do diálogo, procurem uma solução política para o conflito", declarou o Papa, falando da varanda da Basílica, por ocasião do Natal, festa que celebra a paz. "Que a paz também brote na terra onde nasceu o Redentor e que dê aos israelenses e aos palestinos a coragem para pôr fim a muitos anos de luta e de divisões, e para empreender com determinação o caminho da negociação", recomendou o papa. Joseph Ratzinger também fez referência ao Norte da África que, com a Primavera Árabe, "atravessa uma profunda transição em busca de um novo futuro". Ele citou o Egito, país do mundo árabe onde os cristãos coptas são os mais numerosos: "uma terra amada e abençoada pela infância de Jesus, onde os cidadãos devem construir juntos uma sociedade baseada na justiça, no respeito pela liberdade e dignidade de cada pessoa". A bênção foi transmitida por emissoras de televisão de todo o mundo e os espectadores também receberam a "indulgência plenária" - o perdão dos pecados tradicionalmente entregue nesta ocasião. Bento XVI fez um apelo aos "novos líderes chineses" para que "valorizem a contribuição das religiões" no país, enquanto que as tensões aumentaram nos últimos anos entre a China e o Vaticano. O Cristo, disse, "olha para os novos líderes da República Popular da China, para a alta carga que os espera. Espero que coloquem em valor a contribuição das religiões (...) de modo que possam contribuir para a construção de uma sociedade solidária", declarou. Os católicos chineses estão divididos entre uma igreja leal a Roma e uma Igreja nacionalista ligada ao poder. Bento XVI pediu, em seguida, por soluções pacíficas na África, Nigéria, Quênia, Mali, República Democrática do Congo: Ele rezou pelo "retorno da harmonia na Nigéria, onde atrozes atentados terroristas continuam a ceifar vidas, especialmente entre os cristãos, e condenou" os ataques sangrentos contra a população civil e lugares de culto no Quênia. Finalmente, para a América Latina, continente com a maioria dos católicos, ele rezou para que Cristo "apoie todos aqueles que são forçados a imigrar" e "que fortaleça os governantes em seu compromisso com o desenvolvimento e na luta contra a criminalidade". O líder de 1,2 bilhão de católicos em todo o mundo, quis ressaltar na mensagem de Natal a esperança: "Sim, há uma boa terra, uma terra saudável, livre do egoísmo. Existe no mundo uma terra que Deus tem preparado para vir e viver entre nós. (...) Esta terra existe, e hoje, em 2012 (...) Portanto, há esperança, uma esperança confiável, mesmo em tempos e nas situações mais difíceis".

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação