Agência France-Presse
postado em 25/12/2012 17:42
Damasco - O enviado internacional Lakhdar Brahimi, que deve permanecer até o domingo em Damasco, não conseguiu por enquanto o consentimento de Bashar al Assad, nem dos principais grupos de oposição a um plano internacional para sair da crise.
Neste dia de Natal, o Papa Bento XVI pediu durante a sua tradicional bênção "Urbi et Orbi", aos envolvidos no conflito sírio a "parar o derramamento de sangue", "facilitar a ajuda humanitária" e "procurar uma solução política" para o conflito que devasta o país há 21 meses e que já causou mais de 44.000 mortes.
[SAIBAMAIS] Em Manama, os líderes das monarquias petrolíferas do Golfo (Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Qatar) pediram que a transição política na Síria seja acelerada, ao final de sua cúpula anual, e convidaram a comunidade internacional a "agir rapidamente para impedir os massacres".
Segundo um líder da oposição síria tolerada, Hassan Abdel Azim, que dirige o Comitê de Coordenação para a Mudança Nacional e Democrática (CCCND), o emissário da ONU e da Liga Árabe deve permanecer na Síria até domingo "para tentar chegar a um consenso internacional, a fim de encontrar uma solução para a crise".
Mas segundo diplomatas da ONU não há nenhum indício de uma vontade de negociar de parte do presidente sírio, que se reuniu na segunda-feira com Brahimi. Segundo um deles, "Bashar al Assad parece ter novamente obstruído Brahimi; o Conselho de Segurança está muito longe de mostrar-lhe o apoio necessário e os rebeldes, agora, não assumirão mais compromissos".
O emissário deixou o hotel na tarde desta terça-feira para manter uma entrevista sobre a qual não quis dar detalhes aos jornalistas.
Neste dia de Natal, o Papa Bento XVI pediu durante a sua tradicional bênção "Urbi et Orbi", aos envolvidos no conflito sírio a "parar o derramamento de sangue", "facilitar a ajuda humanitária" e "procurar uma solução política" para o conflito que devasta o país há 21 meses e que já causou mais de 44.000 mortes.
[SAIBAMAIS] Em Manama, os líderes das monarquias petrolíferas do Golfo (Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Qatar) pediram que a transição política na Síria seja acelerada, ao final de sua cúpula anual, e convidaram a comunidade internacional a "agir rapidamente para impedir os massacres".
Segundo um líder da oposição síria tolerada, Hassan Abdel Azim, que dirige o Comitê de Coordenação para a Mudança Nacional e Democrática (CCCND), o emissário da ONU e da Liga Árabe deve permanecer na Síria até domingo "para tentar chegar a um consenso internacional, a fim de encontrar uma solução para a crise".
Mas segundo diplomatas da ONU não há nenhum indício de uma vontade de negociar de parte do presidente sírio, que se reuniu na segunda-feira com Brahimi. Segundo um deles, "Bashar al Assad parece ter novamente obstruído Brahimi; o Conselho de Segurança está muito longe de mostrar-lhe o apoio necessário e os rebeldes, agora, não assumirão mais compromissos".
O emissário deixou o hotel na tarde desta terça-feira para manter uma entrevista sobre a qual não quis dar detalhes aos jornalistas.
"Nós entendemos que Brahimi deverá realizar novas reuniões com autoridades sírias (...) e há grande esperança de que isso conduza a acordos positivos", declarou, por sua vez, Raja al-Nasser, secretário do Gabinete Executivo do CCCND.
Este comitê é composto por partidos "nacionalistas árabes", curdos, socialistas e marxistas. Próximo da Rússia, rejeita a ideia de uma intervenção militar estrangeira na Síria e não se juntou à Coalizão de Oposição.
"A única solução é um governo de transição, com todos os poderes, que conduzirá o país à estabilidade (...) A solução política é o único caminho e que passa pelo estabelecimento de um novo regime democrático no lugar do regime atual ", disse al-Nasser.
As informações publicadas pelo jornal Le Figaro na segunda-feira relata um acordo entre russos e americanos sobre a formação de um governo de transição, que seria dotado com todos os poderes, e a manutenção de Bashar al-Assad até o fim de seu mandato, em 2014, com a impossibilidade de ele concorrer à reeleição. Este acordo provocou indignação entres as organizações de oposição.
Os Comitês Locais de Coordenação (CLC), que reúne ativistas que organizam a contestação ao regime no terreno, afirmaram nesta terça-feira em um comunicado, que "depois de ter ouvido alguns vazamentos sobre a solução proposta por Brahimi, eles rejeitam qualquer iniciativa que force os sírios a escolher entre um compromisso injusto e a continuação dos crimes praticados pelo regime".
Eles insistem que "Assad e todos os responsáveis políticos e militares devem deixar o poder", e recusam qualquer imunidade, que poderia ser concedida aos pilares do regime.
A Irmandade Muçulmana, que representa a força dominante da oposição, vai na mesma direção e sugere uma "conspiração" contra o país.
"Nós responsabilizamos o Conselho de Segurança da ONU e todas as organizações internacionais pelos crimes contra a humanidade cometidos por Bashar al-Assad e seus bandos", denunciou em um comunicado, rejeitando "todas as afirmações internacionais que apresentam a revolução nas cores sectarismo religioso".
Brahimi expressou na segunda-feira a sua preocupação com a crise na Síria e disse esperar que "todas as partes se manifestem a favor de uma solução para o povo sírio".
Nos campos de batalha, prosseguiam os combates em torno da capital, e foi registrado um bombardeio aéreo perto de Duma, no subúrbio do norte de Damasco.
Em Aleppo a aviação também bombardeou uma escola onde estavam rebeldes, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
A violência provocou a morte, nesta terça-feira, de 113 pessoas, entre elas 45 civis, 41 soldados e 27 rebeldes, segundo o OSDH.
Além disso, os corpos de 13 homens foram encontrados nos arredores de Damasco, entre Daraya e Muadamiya-Cham. Segundo militantes, foram assassinados pelas forças do regime.
Este comitê é composto por partidos "nacionalistas árabes", curdos, socialistas e marxistas. Próximo da Rússia, rejeita a ideia de uma intervenção militar estrangeira na Síria e não se juntou à Coalizão de Oposição.
"A única solução é um governo de transição, com todos os poderes, que conduzirá o país à estabilidade (...) A solução política é o único caminho e que passa pelo estabelecimento de um novo regime democrático no lugar do regime atual ", disse al-Nasser.
As informações publicadas pelo jornal Le Figaro na segunda-feira relata um acordo entre russos e americanos sobre a formação de um governo de transição, que seria dotado com todos os poderes, e a manutenção de Bashar al-Assad até o fim de seu mandato, em 2014, com a impossibilidade de ele concorrer à reeleição. Este acordo provocou indignação entres as organizações de oposição.
Os Comitês Locais de Coordenação (CLC), que reúne ativistas que organizam a contestação ao regime no terreno, afirmaram nesta terça-feira em um comunicado, que "depois de ter ouvido alguns vazamentos sobre a solução proposta por Brahimi, eles rejeitam qualquer iniciativa que force os sírios a escolher entre um compromisso injusto e a continuação dos crimes praticados pelo regime".
Eles insistem que "Assad e todos os responsáveis políticos e militares devem deixar o poder", e recusam qualquer imunidade, que poderia ser concedida aos pilares do regime.
A Irmandade Muçulmana, que representa a força dominante da oposição, vai na mesma direção e sugere uma "conspiração" contra o país.
"Nós responsabilizamos o Conselho de Segurança da ONU e todas as organizações internacionais pelos crimes contra a humanidade cometidos por Bashar al-Assad e seus bandos", denunciou em um comunicado, rejeitando "todas as afirmações internacionais que apresentam a revolução nas cores sectarismo religioso".
Brahimi expressou na segunda-feira a sua preocupação com a crise na Síria e disse esperar que "todas as partes se manifestem a favor de uma solução para o povo sírio".
Nos campos de batalha, prosseguiam os combates em torno da capital, e foi registrado um bombardeio aéreo perto de Duma, no subúrbio do norte de Damasco.
Em Aleppo a aviação também bombardeou uma escola onde estavam rebeldes, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
A violência provocou a morte, nesta terça-feira, de 113 pessoas, entre elas 45 civis, 41 soldados e 27 rebeldes, segundo o OSDH.
Além disso, os corpos de 13 homens foram encontrados nos arredores de Damasco, entre Daraya e Muadamiya-Cham. Segundo militantes, foram assassinados pelas forças do regime.