Vinícius Pedreira - Especial para o Correio
postado em 26/12/2012 07:00
Os governistas da Venezuela ganharam um aliado inesperado na polêmica em torno da data da posse de Hugo Chávez, recém-reeleito presidente da República. Pela primeira vez, o seu principal adversário, Henrique Capriles, veio a público e concordou que a realização da posse em 10 de janeiro não é necessariamente obrigatória. ;É preciso ser muito sério e muito transparente nesses casos, penso que não perde a condição de presidente eleito a pessoa que não possa tomar posse exatamente no dia estabelecido;, disse. Já para os opositores do atual governo e membros da aliança Mesa da Unidade Democrática (MUD), a data da posse é inadiável e caso Chávez não compareça à solenidade em 10 de janeiro ficará caracterizada sua ;ausência absoluta;, levantando a possibilidade de novas eleições presidenciais.
Ontem, o vice-presidente Nicolás Maduro afirmou que ;o presidente, neste momento, está fazendo uso de uma permissão constitucional, aprovada por unanimidade pela Assembleia Nacional, para atender sua condição de saúde (Chávez se recupera de uma cirurgia para tratamento de um câncer, em Cuba). No momento em que sua equipe médica indicar, o presidente fará o juramento constitucional;, acrescentou.