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Mediador da ONU quer mudança real com governo de transição na Síria



A Rússia indicou que sua política seguia se baseando no acordo concluído em junho passado em Genebra por vários países, entre eles os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido). Brahimi também se referiu a este acordo e afirmou que havia "elementos suficientes para negociar uma saída da crise nos próximos meses". O acordo prevê, entre outras coisas, que o governo de transição possa incluir membros do atual governo sírio.

A Rússia afirmou em várias oportunidades que não apoiará Assad, mas que tampouco tentará convencê-lo a renunciar, por considerar que corresponde aos sírios decidir o futuro de seu país. A violência na Síria deixou mais de 45 mil mortos, em sua maioria civis, desde o início da mobilização contra o regime de Assad, há 21 meses, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma ONG opositora radicada no Reino Unido.

Nesta quinta-feira, a força aérea síria bombardeou os arredores de uma base militar do noroeste do país que os rebeldes sitiam há mais de dois meses, indicou o OSDH. Também na província de Idleb, helicópteros metralharam a localidade de Binneche, acrescentou. Perto de Damasco, em Daraya, a sudoeste da capital, ocorriam combates, também segundo o OSDH. E em outro subúrbio de Damasco, Sbina, a explosão de um carro-bomba deixou quatro mortos e dez feridos, em sua maioria alunos de uma escola da região, segundo a televisão estatal.